Crítica // Shazam! Fúria dos deuses ###
Quase quatro anos depois da vitória, com o leve filme Shazam!, o diretor sueco David F. Sandberg volta a comandar o filme estrelado por Zachary Levi (na versão crescida do personagem de Asher Angel), e que chega na esteira de Adão Negro. É num acidente na ponte Ben Franklin (Filadélfia) que o grupo de Shazam dá as caras — todo formado por jovens que têm pais adotivos, entre os quais o Todo Poderoso (Adam Brody), Mary (Grace Coroline Currey) e a versão heroica de Pedro (D.J. Cotrona, que simplesmente sai de cena, à dada altura).
Com coração sábio, Shazam passa por uma crise de liderança, na qual inveja a virilidade Aquaman, ao mesmo tempo em que remói a rejeição dos pais e sonha em flertar com a Mulher-Maravilha. Elétrico, ele fica perturbado com o cenário de estar às vésperas da maioridade,
situação em que pode ver ruir a família adotiva e que terá o desafio de entender o papel de super-heróis dos filhos que, por uma temporada, operavam na clandestinidade, sob a regência do conciliador Shazam.
Ao contrário do que tem acontecido em novelas — em que vilãs têm roubado muitas cenas —, neste filme do Universo DC, o preparo e a densidade das veteranas Lucy Liu e Helen Mirren, respectivamente, Calipso e Héspera, as poderosas filhas de Atlas. No rastro de um
cajado dos deuses, apresentado em museu, elas partem para o resgate da valiosa peça à custa da promoção do caos. Num enredo de interseção de reinos, as vilãs parecem habitar outro filme que não o de teor leve comandado por Sandberg. Sobre o filme, cabe ainda o alerta
de comportar duas cenas pós-créditos.
Outra novidade no filme é a de trazer a singela participação de Rachel Zegler (vista em Amor, sublime amor), na pele de Anne, o interesse romântico de Freddy (Jack Dylan Grazer), que segue sofrendo bullying. Quem quase rouba a cena é a caneta que age como inteligência artificial, na trama habitada ainda por um dragão e unicórnios.
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