Programação

Celebração afro-brasileira ocupa o Outro Calaf com samba e feijoada

O terreiro Ilê Axé T'ojú Labá promove uma tarde de feijoada com samba no Outro Calaf, tendo a participação de Filhos de Dona Maria, Afoxé Ogum Pá e Coco de Quebrada

Luíza Grecco Altoé
postado em 24/03/2023 08:00
 (crédito:  Klebe Rocha)
(crédito: Klebe Rocha)

Em 2012, no Círculo Operário do Cruzeiro, o terreiro Ilê Axé T'ojú Labá organizou um evento com três coisas que os brasilienses adoram: feijoada, samba e axé, uma boa combinação para espantar tristeza. Neste sábado 924/3), a entidade promove a primeira edição do ano de 2023 da Feijoada e Samba do Ilê Axé T'ojú Labá no Outro Calaf, com participações musicais dos grupos Filhos de Dona Maria, Afoxé Ogum Pá e Coco de Quebrada.

Mãe Dora de Oyá é a líder do Ilê Axé T'ojú Labá, terreiro de Candomblé Ketu, localizado no bairro da Cidade Ocidental (GO). Segundo ela, esse evento foi idealizado com o intuito de estimular a interação, união e aproximação da comunidade, além de desconstruir estereótipos consolidados sobre a religião de matriz africana. Desde as primeiras edições, todo dinheiro arrecadado é direcionado para a manutenção do terreiro.

O prato principal também carrega significados. Segundo a Mãe Dora, a feijoada representa a comemoração de uma vitória. "É uma forma de celebrar a vida, estarmos vivos", afirmou. Durante a pandemia, o terreiro não realizou o evento e apenas retornou em setembro do ano passado. "É uma maneira de comemorar a sobrevivência ao covid 19 e às barreiras da vida" e brincou: "É uma comida que todo mundo gosta".

"O público pode esperar boa feijoada, boa música, bastante tambor e alegria", afirmou Amílcar Paré, dupla do Khalil Santarém, em Filhos de Dona Maria. A parceria foi formada em 2011 dentro do terreiro e o repertório reúne samba com canções sobre ritos da cultura afro-brasileira e da ancestralidade negra presente no Brasil.

Outro grupo também criado nesse terreiro foi o Afoxé Ogum Pá, em 2017. Formados por 30 membros distribuídos entre percussão, dança e canto, eles são um dos poucos grupos ativos no Distrito Federal que fazem uma apresentação com músicas populares e autorais tradicionais do ritmo Ijexá, tocado exclusivamente com as mãos, de forma suave e com batidas marcantes.

"Pode parecer enviesado, mas eu não estou sendo nem um pouco enviesado. Para mim, é a melhor feijoada que eu já comi aqui no DF", reafirma Khalil Santarém.

*Estagiária sobre a supervisão de Severino Francisco

 

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