Artes visuais

Ancestralidade e nomadismo conduzem exposição de Iracema Barbosa

Exposição de Iracema Barbosa no Museu Nacional da República reúne obras produzidas entre 2000 e 2012 e doadas à instituição

Nahima Maciel
postado em 19/05/2023 06:00
 (crédito:  Yoann Fitoussi)
(crédito: Yoann Fitoussi)

A pandemia fez a artista Iracema Barbosa entrar em um processo de nomadismo. Além de passar muito tempo sozinha, ela encarou algumas mudanças e escolheu morar em lugares menores. A decisão desencadeou outro processo: o de doar boa parte da produção das últimas décadas para o Museu Nacional da República. E, para marcar a entrega do acervo, a artista idealizou a exposição Iracema Barbosa, Textura dos afetos, que tem curadoria de Renata Azambuja e ocupa a Galeria Térreo e o corredor de acesso da instituição. A abertura ocorre, neste sábado (20/5), a partir das 16h.

Boa parte das obras foi produzida quando a artista morava na França, entre 2000 e 2012. Entre outras obras, está lá Bois de carnaval, instalação confeccionada com restos de galhos, troncos e plantas recolhidos de uma floresta francesa após uma tempestade, quando Iracema se dedicou a coletar materiais disponíveis, já que não tinha dinheiro para comprar tintas para pintar. Completam a obra um conjunto de fitinhas coloridas herdadas do ateliê de costura da avó, uma artesã do Cerrado. " É um apanhado, um resumo de 35 anos de uma pesquisa de uma linguagem que trabalha com a abstração", avisa a artista.

A abstração é uma marca dos trabalhos, assim como o uso de materiais que estão entre os mais antigos da história da arte, como papel, nanquim, madeira, linha e tecido. "Meu trabalho aparece de uma maneira abstrata no sentido de que há linhas, bolas, curvas, e, raramente, algum símbolo reconhecível", avisa a artista, que também é professora de teoria e crítica no curso de artes plásticas da Universidade de Brasília (UnB).

Artistas convidados, Bárbara Paz, Cecilia Lima, Gisele Lima, Gustavo Silvamaral, José de Deus, Luciana Ferreira e Romulo Barros aparecem para lembrar que a experiência coletiva também é produtiva.

 

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  • Obras de Iracema Barbosa na exposição  iracema barbosa, Textura dos afetos, no Museu Nacional da República
    Obras de Iracema Barbosa na exposição iracema barbosa, Textura dos afetos, no Museu Nacional da República Foto: Jean François Erthel
  • Obras de Iracema Barbosa na exposição  iracema barbosa, Textura dos afetos, no Museu Nacional da República
    Obras de Iracema Barbosa na exposição iracema barbosa, Textura dos afetos, no Museu Nacional da República Foto: Divulgação
  • Obras de Iracema Barbosa na exposição  iracema barbosa, Textura dos afetos, no Museu Nacional da República
    Obras de Iracema Barbosa na exposição iracema barbosa, Textura dos afetos, no Museu Nacional da República Foto: Divulgação
  • Obras de Iracema Barbosa na exposição  iracema barbosa, Textura dos afetos, no Museu Nacional da República
    Obras de Iracema Barbosa na exposição iracema barbosa, Textura dos afetos, no Museu Nacional da República Foto: Yoann Fitoussi
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