![Bruno Ferrari e Cacau Protásio, em O porteiro - (crédito: Laura Campanella/Divulgação) Bruno Ferrari e Cacau Protásio, em O porteiro - (crédito: Laura Campanella/Divulgação)](https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2023/08/17/675x450/1_o_porteiro_portaria_00102_lauracampanella-29019877.jpeg?20230829115314?20230829115314)
Não é pelas comédias Apaixonados: o filme e Se puder... dirija! (primeiro longa em 3D nacional, do qual foi roteirista), que o diretor Paulo Fontenelle se destaca, até agora, no percurso. A linguagem popular empregada na comédia O porteiro, bastante sintonizada com o público a quem se dirige, entrega um novo caminho. A favor do jogo e com familiaridade plena junto ao universo do protagonista Waldisney, é pelo extremado carisma, com um quê de Paulo Gustavo, que o comediante Alexandre Lino conquista.
Entre piadas que poderiam beirar o constrangimento, o timing de Lino é pra lá de adequado. Primeira barreira, no entra e sai do edifício Clímax, o porteiro Waldisney, vindo da Paraíba, enfrenta contratempos e agressividade incapazes de o abalarem. Desde um humor ingênuo até situações que mesclam sexo e escatologia, o domínio de cena de Alexandre Lino qualificam aspectos cômicos.
É Waldisdney quem relata uma trama tortuosa, para o delegado interpretado por Maurício Manfrini, na qual passa a ser visto como autor de assédio e tráfico, entre outros crimes. A demissão é uma possibilidade, aos olhos do síndico Astolfo, interpretado por Bruno Ferrari. Simplório (no mais naïf dos sentidos), o personagem central contrasta com a invocada esposa Laurizete (Daniela Fontan), com presença complementar a das divertidas coadjuvantes Rosivalda (Cacau Protásio), transbordante em olhares insinuantes, e Dona Alzira (Suely Franco), um receptáculo incessante de maconha.
Entre situações de elevador enguiçado e nada promissoras, reunião de condomínio, o filme atinge o coração dos espectadores, com o uso de clássicos da eterna Marília Mendonça, entre as quais Alô, porteiro e Meu cupido é gari. Saídas do cotidiano, são hilárias as apropriações de expressões como "nervoso psicológico", "morder a fronha" e caixa preta. Riso frouxo e certeiro.
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
![Ícone do whatsapp](/frontend/src/assets/icon/whatsapp.png)
![Ícone do telegram](/frontend/src/assets/icon/telegram.png)
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br