Gastronomia

Conheça restaurantes do DF que trabalham em formatos reduzidos

O Diversão&Arte preparou uma lista de restaurantes do DFque têm estrutura pequena, mas primam pela excelência ao servir delícias para o público brasiliense

Espaguete com camarões, tomate cereja e coração de alcachofra do Vittoria d'Italia -  (crédito:  Kayo Magalhães/CB/D.A Press)
Espaguete com camarões, tomate cereja e coração de alcachofra do Vittoria d'Italia - (crédito: Kayo Magalhães/CB/D.A Press)
postado em 01/12/2023 06:00 / atualizado em 07/12/2023 16:30

Quantidade ou qualidade, eis a questão. O debate que dura décadas, se reduzido à cena gastronômica brasiliense, pode ser respondido com facilidade. São inúmeros os restaurantes da cidade que, apesar do pouco espaço e reduzidos a uma ou duas unidades, levam verdadeiras delícias para o paladar dos moradores do DF. Por receberem um menor público, os responsáveis por tais restaurantes podem garantir maiores cuidados, como atenção focada em cada cliente, seleção a dedo de ingredientes e acompanhamento do preparo dos alimentos.

Em relação ao ambiente, as casas ainda oferecem um clima familiar e intimista a todos que frequentam os espaços. Um desses exemplos é o Bistrô do Francês, localizado no Grande Colorado: "Eu sou a hostess, recebo os clientes, explico os pratos e, eventualmente, o Walter, quando temos muito movimento, sai da cozinha, cumprimenta os clientes, pergunta, se informa acerca do que eles perceberam, gostaram ou não, críticas, sugestões", destaca Patricia Miranda, que, ao lado do marido e chef Walter Carecchio, comanda o local. "É um ambiente mais tranquilo, não é tão comercial como os grandes restaurantes", complementa.

Criado pela chef Babi Frazão, vencedora da mais recente edição do reality Masterchef Profissionais, o Afeto Restaurante também funciona em formato intimista. "Eu mesma acompanho toda a produção, junto a minha equipe, e controlo o padrão de tudo que sai. Além disso, tenho uma equipe no Afeto empenhada em concretizar nossos valores de cozinha e comida.", detalha Babi. "Somos pequenos, mas conseguimos entregar tudo que propomos de maneira real e honesta. Sermos pequenos não é um problema, mas sim o nosso diferencial", finaliza. Para além destes restaurantes, conheça outras casas da capital que, em pequenos espaços, oferecem o melhor da culinária para o público brasiliense.

Gostinho de casa

Batizado em homenagem à filha do chef Francesco Bravin, o restaurante Vittoria d’Italia traz à cidade, além de um ambiente pequeno e aconchegante, o melhor da típica comida caseira italiana. “Eu que estou na cozinha, cozinho todos os pratos quentes. Tenho meus ajudantes que cuidam da parte fria, como as saladas, carpaccios, sobremesas, mas o que tem a ver com macarrão, risoto, filé, polenta, sou eu que preparo. Quando o cliente chegar no restaurante, com certeza, eu estarei presente”, garante o chef. “O fato de estar presente sempre no restaurante não me pesa, para mim, é um prazer. Acho que isso é bom para o resultado final, porque tudo é feito do jeito que eu gosto”, complementa.

Segundo Francesco, o queridinho do público é o carbonara (R$ 58,50), que segue a receita original do prato. Os frutos do mar também fazem muito sucesso na casa, de acordo com o chef — o espaguete com camarões, tomate cereja e coração de alcachofra (R$ 73,50), por exemplo, é um dos destaques.

Dos campos franceses

Walter Carecchio, filho de mãe francesa e pai italiano, herdou dos pais e avós o gosto pela culinária. Morador de Brasília desde 1986, Walter se apaixonou pela mineira Patricia Miranda, também amante da cozinha. A paixão do casal pela gastronomia resultou na inauguração do Bistrô do Francês, que, há quase dois anos, é destaque no Grande Colorado.

Um dos principais diferenciais da casa é o tipo de comida oferecida. "Nós não servimos a nouvelle cuisine, que é aquela gastronomia francesa, os menus de degustação com pequenos e vários pratos. A nossa comida, a comida do Walter, é mais voltada para a comida de campanha, que vem dos camponeses. É uma comida farta, muito bem temperada, generosa, comida de mãe", detalha Patricia. "Também usamos ingredientes orgânicos, porque temos parceria com os pequenos agricultores aqui da região e do Entorno. Aqui é tudo artesanal, feito por nós. Não usamos nada industrializado", pontua.

Devido ao uso dos ingredientes orgânicos, o cardápio funciona de forma sazonal, com a entrada e saída de pratos a cada estação. No entanto, opções como o boeuf bourguignon (R$ 79), carne bovina clássica da campanha francesa cozida no vinho tinto, com cogumelos paris frescos, é um dos exemplos que nunca saem do menu. O salmão tropical (R$ 79), por sua vez, faz parte da seleção de pratos para primavera — dois medalhões de salmão, acompanhados pela salada do chefe e molho agridoce de manga, maracujá, gengibre e capim santo. A casa ainda conta com uma ampla adega com mais de 400 rótulos de vinho nacionais e internacionais ideais para harmonização dos pratos.

Sabores de Cuba

A Vila Planalto abriga uma das maiores joias escondidas da capital. O Bodega de la Habana, capitaneado por Miguel Padilla, é um dos raros representantes da culinária cubana no Brasil. O grande desafio do chef, hoje, é representar a gastronomia do país caribenho com estilo, qualidade e, principalmente, de acordo com os padrões brasilienses.

Segundo Miguel, a afinidade entre as gastronomias do Brasil e de Cuba é extensa, devido à base afro-europeia de ambas culturas. O tradicional moros y cristianos, por exemplo, é conhecido por estar para os cubanos assim como a feijoada está para os brasileiros. A iguaria acompanha um dos pratos principais da casa, o chilindrón de cordero (R$ 81), tornedor de carne de cordeiro sem osso assado, guarnecido com o próprio molho demi glace, crosta de pão, orégano, alho, alecrim e manjericão crocante. Quem desejar, no entanto, pode começar a se saborear pelas opções de entrada, como, por exemplo, as tradicionais chicharritas cubanas (R$ 36).

Da concepção ao preparo

Resultado da parceria entre Pati Egito e Mari Mira, o Jamburita foi inaugurado em novembro de 2019, quatro meses antes do lockdown decorrente da pandemia da covid-19. “Ainda recém-nascido, nosso restaurante encarou a pandemia e sobreviveu apesar das condições adversas”, relembram as sócias. Localizada na 714/715 Norte, a casa conquista a clientela à primeira vista, em um espaço decorado por móveis reformados, memorabilia, obras de arte de artistas locais e plantas que deixam o restaurante mais aconchegante e acolhedor. No menu, encontram-se pratos compostos por itens escolhidos pessoalmente por Pati, chef da casa. “Faço questão de estar não somente na concepção dos pratos, como também no comando do fogão. Quem almoça no Jamburita, em 99% das ocasiões, vai comer um prato preparado pelas minhas mãos”, garante. Segundo ela, as principais opções do cardápio são os pratos com camarão e releituras vegetarianas e veganas, além das criações semanais, servidas nos almoços de sexta e sábado. Entre os fixos do cardápio, destacam-se a costelinha de barbecue (R$ 55) e o camarão arretado (R$ 69,50), camarões frescos, queijo coalho em cubos, ervilhas e leite de coco acompanhado por arroz e batata palha artesanal.

Do estrelato local ao nacional

Antes de se tornar a grande campeã da mais recente edição do reality Masterchef Profissionais, a cozinheira Bárbara Frazão já era destaque na cena gastronômica de Brasília. Babi, como é conhecida, é a cabeça por trás do Afeto Restaurante, localizado no espaço Quituart, casa que tem conquistado o público brasiliense desde 2021 com seu menu inovador. "Oferecemos ao público comida brasileira, com bons ingredientes e valorizando preparos e produtos que me representam como cozinheira", define a chef. "Somos criativos e usamos a técnica ao nosso favor, apresentando ingredientes e preparos brasileiros com a nossa cara", complementa.

As surpresas começam pelas entradas, com opções de croquete de vatapá (R$ 41 — 5 unidades) e moela caipira (R$ 37). Entre os pratos principais, o destaque fica por conta do cupim (R$ 72), braseado com batata gratinada e cebola caramelizada. Os drinks também fazem sucesso entre a clientela — segundo a proprietária, um dos favoritos é o melado de cana (R$ 29), feito à base de cachaça artesanal, limão cravo e siciliano e rapadura.

 

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