O grupo de empresários que se reuniu nesta terça-feira (28/7) com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) sugeriu que exigências relacionadas à sustentabilidade, como economia verde, circular e de baixo carbono sejam inseridas na discussão das novas linhas de crédito que porventura venham a ser aprovadas o Congresso Nacional. A ideia foi defendida por Marcello Brito, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag). “Temos que aproveitar o momento de sair da crise da pandemia para inserir uma economia mais inclusiva”, disse, após o encontro com Maia.
Segundo ele, o governo tem um arcabouço de ferramentas de controle muito bom, que precisam ser organizadas para levarem transparência às cadeias produtivas, de forma benéfica para a venda dos seus produtos. “Nós temos tanta coisa boa que não temos medo dessa transparência. Claro que há problemas dentro da cadeia, mas a economia brasileira acordou para o tema. O movimento empresarial é prova disso”, sustentou.
Brito explicou que o movimento quer colocar junto no mesmo debate os empresários e todos os setores governamentais. “Vamos falar com os governos estaduais, além da PGR (Procuradoria-Geral da República), STF (Supremo Tribunal Federal) e Senado, para chamar a atenção que temos graves pontos a serem resolvidos. O setor privado se coloca à disposição para contribuir”, destacou, após participar do encontro com Maia.
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O presidente da Abag disse que não foram levadas propostas novas na reunião. “Pedimos atenção ao projeto de licenciamento ambiental, falamos da regularização fundiária e da reforma tributária, que vai ter importância tremenda para que se tenha um diferencial. Ou seja, especificamente sobre projetos que já estão em andamento. A pauta já está lotada para que traga algo novo, o que já está lá dentro satisfaz”, disse.
Avanços
Carlo Pereira, presidente da Rede Brasil do Pacto Global, presente na reunião, disse ter saído bastante satisfeito do encontro. “O posicionamento do presidente da Câmara é muito favorável a essas questões. Está na hora da sociedade brasileira escolher de que lado da história fica. Globalmente, os mercados, puxados por investidores, mostram que precisamos avançar na agenda de desenvolvimento sustentável”, explicou. “Estamos muito à frente de países em desenvolvimento na agenda da sustentabilidade, mas precisamos de uma ação propositiva para mostrar aos investidores que queremos avançar”, acrescentou.
Segundo ele, é possível transformar isso em vantagem competitiva. “Os produtos brasileiros têm condições de serem colocados em todo o mundo como produtos de alto grau de sustentabilidade. Já são e precisam avançar, encontramos ressonância e essa agenda vai avançar bastante”, completou.
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