Banco do Brasil vai rever gastos com imóveis e agências

Instituição planeja reduzir em R$ 185 milhões por ano os gastos com imóveis e anda pretende obter R$ 500 milhões com a venda de edifícios até 2023

Marina Barbosa
postado em 06/08/2020 16:02 / atualizado em 06/08/2020 16:02
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press - 1/6/15 )
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press - 1/6/15 )

Com o avanço dos serviços digitais e do home office, o Banco do Brasil quer reduzir em R$ 690 milhões os gastos com aluguel e manutenção de imóveis nos próximos cinco anos. Por isso, promete otimizar o uso do espaço físico dos escritórios e das agências bancárias e ainda planeja vender imóveis avaliados em R$ 500 milhões.

Vice-presidente corporativo do Banco do Brasil, Mauro Ribeiro Neto contou nesta quinta-feira (06/08) que a preocupação com a otimização do uso dos espaços físicos já existia, mas se aprofundou com a cultura do home office imposta pela pandemia do novo coronavírus. Por isso, agora o BB pretende reestruturar o espaço dos seus escritórios e ampliar a venda dos imóveis que podem ser desocupados.

"Nos prédios corporativos, a reestruturação dos espaços, fazendo escritórios compartilhados, vai gerar uma economia de R$ 690 milhões até 2025. A gente espera economizar R$ 185 milhões por ano a partir de 2023 com aluguel, energia e todas as despesas relacionados ao espaço físico, que são uma parte relevante do nosso programa de despesas", calculou Neto.

Com a maior adesão ao home office e a otimização dos espaços, o BB ainda espera desocupar e vender alguns imóveis dentro do programa FlexyBB, que será implementado de forma faseada nos próximos três anos para reduzir o gasto com edifícios. "Teremos uma alienação de imóveis próprios de mais R$ 502 milhões até 2023", revelou Neto, na coletiva de apresentação dos resultados financeiros do BB no primeiro semestre deste ano.

Agências

A adesão cada vez maior da tecnologia também por parte dos clientes ainda vai fazer com que o Banco do Brasil dê seguimento ao plano de reestruturação da sua rede de agências bancárias. Ao todo, 361 pontos de atendimento já foram fechados ou reestruturados pelo banco no último ano. Mas o vice-presidente de Negócios de Varejo do BB, Carlos Motta, garantiu nesta quinta-feira que esse processo continua nos próximos meses.

"É um processo contínuo na organização, a exemplo dos pares privados. No segundo semestre, continuaremos com a mesma desenvoltura na busca por eficiência na rede, para tornar essa estrutura mais leve e próxima do cliente e, sobretudo, na ótica do banco, da governança e dos acionistas, cada vez mais rentável", avisou Motta.

Presidente do BB, Rubem Novaes lembrou, contudo, que nem sempre esse processo envolve o fechamento da agência. "Nossas agências têm diversos níveis. Havendo menor demanda, podemos rebaixá-la de nível, transformar em um posto de atendimento ou correspondente bancário, tudo no sentido de ir baixando o custo lá na ponta", ponderou.

Economia

O BB ainda projeta uma economia de R$ 2,5 bilhões com a despesa de pessoal até 2025, devido ao plano de cargos e salários lançado no início deste ano, que estabeleceu metas e uma linha de promoção "baseada em performance". Além disso, espera reduzir em R$ 150 milhões os gastos com energia, por meio de programas de eficiência energética e sustentabilidade. Por isso, ao todo, a instituição espera obter uma economia de R$ 3,3 bilhões com "produtividade, engajamento e modernização" até 2025.

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