FGTS pretende dividir R$ 7,5 bilhões de lucro com os trabalhadores

Valor representa cerca de 66% do resultado positivo de R$ 11,324 bilhões registrado pelo FGTS em 2019

Marina Barbosa
postado em 11/08/2020 11:04 / atualizado em 11/08/2020 11:04
 (crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
(crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) teve um resultado positivo de R$ 11,324 bilhões em 2019. E pretende dividir R$ 7,5 bilhões desse lucro com os trabalhadores que tinham algum saldo nas contas do FGTS em 31 de dezembro de 2019. A distribuição do lucro será votada nesta terça-feira (11/08) pelo Conselho Curador do FGTS.

"O Resultado de 2019 foi de R$ 11.324.324.757,15 e está sendo proposto a distribuição de R$ 7.500.000.000,00", informou o Conselho Curador do FGTS, que, no fim do ano passado, recebeu do presidente Jair Bolsonaro a prerrogativa de decidir quanto do lucro do FGTS deve ser dividida com os trabalhadores.

A ideia inicial do governo era dividir 100% dos lucros do FGTS com os cotistas. Porém, Bolsonaro vetou essa proposta argumentando que o valor da partilha deve considerar a "saúde financeira do fundo". Neste ano, portanto, a ideia do FGTS é dividir cerca de 66% do seu lucro de R$ 11,324 bilhões.

A distribuição dos R$ 7,5 bilhões será votada nesta terça-feira pelo Conselho Curador do FGTS. Se aprovada, deve ser paga até o próximo dia 31 pela Caixa Econômica Federal. E o valor do pagamento será proporcional ao saldo que os trabalhadores tinham na sua conta do FGTS no fim do ano passado. Ou seja, será maior para quem tinha mais recursos depositados no FGTS em 31 de dezembro de 2019.

Se aprovada, a divisão dos lucros do FGTS vai assegurar ao fundo um rendimento superior ao da poupança. "Esse montante, distribuído de forma proporcional aos saldos das contas vinculadas, juntamente com os juros e atualização monetárias obrigatórios do FGTS representarão uma rentabilidade total de 4,90% no ano de 2019", informou o Conselho Curador do FGTS.

O Conselho Curador lembrou que, no ano passado, a poupança rendeu 4,26% e a rentabilidade da inflação foi de 4,31%. Por isso, defende que a divisão dos R$ 7,5 bilhões vai proporcionar "um ganho real aos saldos, em cumprimento ao objetivo estratégico do Fundo de preservar o poder de compra do recursos dos trabalhadores sob o FGTS". Não fosse isso, o FGTS renderia 3% em 2019.

A distribuição dos lucros, contudo, só poderá ser acessada pelos trabalhadores nas modalidades tradicionais de saque do FGTS. Ou seja, em situações como demissão sem justa causa, doença grave, financiamento imobiliário ou saque-aniversário.

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