Depois de uma quarta-feira em alta, o dólar fechou em baixa com recuo de 1,54%, a R$ 5,36, nesta quinta-feira (13/8), devido à boa reação dos investidores sobre o compromisso com o teto de gastos firmado pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo Congresso.
Outro fator que contribuiu foi a queda predominante da moeda americana no exterior. Além disso, os pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA foram melhores que o previsto, foram 963 mil ante 1,1 milhão do que era esperado. Com isso, as bolsas passaram a cair após registrarem altas durante boa parte do pregão, e o Ibovespa, principal índice da B3, fechou em queda de 1,62%, a 100.460 pontos.
William Teixeira, assessor de investimentos da Messem, explica que o compromisso com o teto de gastos repercutiu bem no início do dia. Mas na bolsa o impacto não foi expressivo. “A gente teve uma abertura um pouquinho mais favorável no Brasil, com alguns balanços positivos que rodaram bem com a sinalização do Paulo Guedes. Mas, durante o dia, o Ibovespa zerou os ganhos, e os carros chefes foram a Vale e Petrobras que recuaram bem, em linha com a queda das cotações das commodities de minério de petróleo”, explica.
O petróleo também foi um dos fatores que os investidores ficaram atentos depois da projeção de baixa demanda para este ano, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA).
Ainda no cenário doméstico, o setor de serviços teve alta de 5% depois de quatro meses de queda, além de ser o mais afetado neste período de pandemia, segundo dados do IBGE divulgados nesta quinta.
Também está nos radares dos investidores o pacote de estímulos na economia americana que deve ser feito entre os Republicanos e Democratas. “Os investidores estão aceleradoras ações e vendendo posições por estarem impacientes com o impasse entre os partidos acerca dos pacotes de estímulos da economia. Esse impasse está tirando a paciência dos investidores por lá”, complementa Teixeira.
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