Com base em cruzamentos de dados feitos até 19 de julho, a Controladoria-Geral da União (CGU) apontou pagamentos irregulares do auxílio emergencial a 680.564 agentes públicos, com prejuízo aos cofres públicos superior a R$ 981 milhões. Os números, divulgados ontem, representam uma atualização das informações que já vinham sendo levantadas pelo órgão.
Na esfera federal, são 14.182 pagamentos a agentes públicos ou pensionistas, com vínculo ativo no Sistema Integrado de Administração de Pessoal (Siape). Outros 52.001 pagamentos foram a militares, ativos ou inativos, ou pensionistas. A irregularidade alcançou ainda 950 funcionários de empresas estatais federais. Nas esferas estadual, distrital e municipal, foram identificados 613.431 agentes públicos, ativos, inativos e pensionistas.
A CGU tem feito cruzamentos de informações da base de dados do benefício com diversas outras bases de dados disponíveis no governo federal e nas administrações estaduais e municipais.
Os resultados dos cruzamentos foram encaminhados aos órgãos estaduais e municipais responsáveis pelas bases informadas à CGU para tratamento, e ao Ministério da Cidadania para tomada de decisões em relação a eventual bloqueio ou suspensão de benefícios aos potencialmente não elegíveis. “O objetivo do trabalho é evitar desvios e fraudes, garantindo que o benefício seja pago a quem realmente se enquadra nos requisitos definidos para o seu recebimento”, informou a CGU.
BID libera US$ 1 bi para programas
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) vai emprestar US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,3 bilhões) para o governo custear os pagamentos do auxílio emergencial, do Bolsa Família e do Benefício Emergencial. Segundo o BID, são US$ 400 milhões para o financiamento do auxílio emergencial, US$ 200 milhões para o Bolsa Família, e outros US$ 400 milhões ao Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm), que serve como uma complementação salarial para aqueles trabalhadores que tiveram o salário reduzido na pandemia por meio de acordos trabalhistas.
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