Depois de uma semana intensa, o dólar voltou a subir e fechou, nesta sexta-feira (14/8), a R$ 5,42. O Ibovespa, principal índice de ações do mercado brasileiro, fechou em alta, aos 101.353,45 pontos.
Esses resultados são reflexos da baixa de vendas no varejo na China no mês passado e do receio de um possível rompimento do teto de gastos mencionado pelo presidente Jair Bolsonaro durante transmissão em redes sociais na quinta-feira (13/8). No entanto, nesta sexta, o chefe do Executivo se justificou afirmando que, “por mais justa que fosse a busca de recursos por parte de ministros finalistas, a responsabilidade fiscal e o respeito à emenda constitucional do 'teto' são o norte do governo”.
“A gente tem que entender como é que vai ser isso. Mas o mercado viu como positivo a intenção do governo de manter, por isso teve alta na bolsa”, diz o economista e assessor da G2W Investimentos Vitor Hugo Fonseca.
O economista complementa que o cenário interno foi o que mais figurou no mercado nacional durante a semana. “A bolsa subiu 0,89 hoje, mas não evitou a queda de 2% na semana. Já o dólar subiu 0,27% hoje e 1,27% na semana, pautado por alguns temas muito mais internos que externos”, explica Fonseca.
Ainda nesta semana, a equipe do Ministério da Economia sofreu uma debandada com a saída de dois secretários de cargos importantes, o que influenciou no humor dos investidores e causou alta no dólar e uma leve queda na bolsa.
Outro fato que foi repercutido nesta sexta foi a melhora na avaliação do governo, com 37% da população considerando o governo ótimo ou bom, segundo pesquisa Datafolha.
No cenário externo, pesou a briga nos Estados Unidos entre a Casa Branca e os Democratas do Congresso para a elaboração do pacote de estímulos à economia americana. O presidente americano Donald Trump não quer destinar recursos para as eleições serem feitas via correios devido à pandemia. Com esse fato, o dólar operou em leve baixa no exterior.
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