Mais um membro da equipe econômica deixou o governo. Desta vez, foi o subsecretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Vladimir Kuhl Teles, que saiu do time comandado por Paulo Guedes. Assessores do ministro da Economia alegam, contudo, que a saída se deu por razões pessoais e não deve ser confundida com a recente "debandada" de secretários.
A exoneração de Teles foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (17/08), menos de uma semana depois da "debandada". O termo foi usado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para se referir à saida dos ex-secretários Salim Mattar (Desestatização, Desinvestimento e Mercados) e Paulo Uebel (Desburocratização, Gestão e Governo Digital), que deixaram o governo insatisfeitos com o andamento do programa de privatizações e da reforma administrativa, em meio ao embate sobre o futuro do teto de gastos.
Além de Teles, Mattar e Uebel, deixaram a equipe comandada por Paulo Guedes recentemente o ex-secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, e o diretor de programas da Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da Economia, Caio Megale, que decidiram voltar para a iniciativa privada. O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, também já pediu para sair do governo, dizendo que quer voltar para perto da família porque não se adaptou ao clima político de Brasília. Novaes, contudo, aguarda a chegada do seu sucessor, André Brandão, para passar o bastão.
Assessores de Guedes dizem, por sua vez, que a saída de Vladimir Kuhl Teles não deve ser confundida com essa debandada. A informação é de que Teles já havia pedido para sair da equipe econômica desde o começo do ano. Ele precisava voltar para São Paulo por conta de problemas de saúde da família. Mas acabou ficando mais tempo, para ajudar na formulação de algumas políticas públicas, a pedido do secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida.
O subsecretário já estava trabalhando remotamente de São Paulo e acertou a data da sua saída recentemente. Ainda não foi definido, contudo, quem vai ficar no seu lugar. Teles era o número dois da Secretaria de Política Econômica - pasta responsável pela avaliação do cenário econômico brasileiro e pelas projeções macroeconômicas do governo, como os dados do Produto Interno Bruto (PIB) e da inflação.
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