Banco Central faz parcerias para popularizar o PIX

Sistema de pagamentos instantâneos entra em operação em 16 de novembro e poderá receber, entre outras coisas, pagamentos de taxas federais e conta de luz

Marina Barbosa
postado em 20/08/2020 16:01
 (crédito: Raphael Ribeiro/BCB)
(crédito: Raphael Ribeiro/BCB)

Na contagem regressiva para o lançamento do PIX - o sistema de pagamentos instantâneos do Brasil, o Banco Central (BC) está tentando firmar uma série de parcerias para garantir uma ampla base de aceitação e a popularização desse novo meio de pagamento. Nesta quinta-feira (20/08), por exemplo, o BC assinou um acordo de cooperação técnica com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) para permitir que as contas de luz sejam pagas pelo PIX.

O PIX será lançado oficialmente em 16 de novembro, em um contexto de maior uso e também de maior concorrência entre os meios pagamentos digitais. Por isso, o Banco Central tem procurado garantir a entrada de diversas instituições financeiras e de empresas de pagamento no seu sistema de pagamentos instantâneos. Além disso, a autoridade monetária tem feito parcerias para permitir o pagamento de boletos comuns ao dia a dia dos brasileiros de forma instantânea.

"São esses acordos iniciais que vão sedimentar a base para o PIX crescer de forma estável", comentou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ao anunciar a parceria com a Aneel nesta quinta-feira. "O PIX tem um potencial enorme de trazer ganhos de eficiência para as distribuidoras elétricas. O instrumento meio de pagamento instantâneo reduz o custo operacional das empresas de uma forma geral, porque tem a diminuição de tempo e do custo operacional", avaliou o presidente do BC.

Diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do BC, João Manoel Pinho de Mello lembrou que este é o segundo acordo firmado pelo PIX. O primeiro foi com o Tesouro Nacional e vai permitir o pagamento de taxas federais pelo sistema de pagamentos instantâneos.

"E estamos com conversas avançadas para a assinatura de outros acordos semelhantes, com outros entes governamentais. Os processos de pagamento de arrecadação do governo possuem várias lacunas. Temos certeza que a chegada do PIX será capaz de preencher essas lacunas e aprimorar os processos em termos de experiência do cidadão e da empresa", acrescentou Pinho de Mello.

Campos Neto reforçou que o ambiente é propício para o crescimento do PIX. Ele explicou que a pandemia acelerou o movimento de integração da tecnologia com os hábitos dos brasileiros, inclusive no que diz respeito aos pagamentos e às movimentações financeiras. E disse que, por isso, o BC acredita que esta é uma oportunidade de acelerar a inovação.

"A pandemia foi educativa e pedagógica a respeito do valor que têm os pagamentos sem contato, que podem ser feitos online e liquidados rapidamente", reiterou Pinho de Mello, em live realizada com o mercado de pagamentos mais cedo. Na ocasião, ele disse pesquisas já indicam que 55% dos consumidores escolheriam uma loja em detrimento da outra se pudessem fazer compras sem passar pelo caixa tradicional e que 35% dos brasileiros já fizeram pagamentos pelo celular por meio de um QR Code, como o PIX vai permitir. "Já há um costume na população", avaliou.

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