TECNOLOGIA

BC estuda lançar "real digital"

Marina Barbosa
postado em 21/08/2020 00:00
 (crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
(crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O Banco Central (BC) criou um grupo de trabalho para avaliar a possibilidade de emitir moedas digitais no Brasil. A moeda digital tem sido apontada como o futuro das relações financeiras pelo BC e se diferencia de criptomoedas como os bitcoins porque tem o mesmo valor das moedas que já são emitidas pela autoridade monetária. Ou seja, seria uma espécie de “real digital”.

O BC explicou que a emissão de moeda digital por bancos centrais “pode ser uma possibilidade para aprimorar o modelo vigente das transações comerciais entre as pessoas e mesmo entre países”. A autoridade monetária explicou que a moeda digital “distingue-se de criptomoedas sem fidúcia (garantia) nacional, como bitcoins, porque trata-se de apenas uma nova forma de representação da moeda já emitida pela autoridade monetária nacional, ou seja, faz parte da política monetária do país de emissão”. Em outras palavras, é a mesma moeda oficial do país, só que digital.

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, por sinal, acredita que as criptomoedas só surgiram porque “os bancos centrais, com todo seu preciosismo”, não entenderam a demanda da população por um meio de pagamento como esse, “rápido, barato, seguro, transparente e aberto”.

Os estudos sobre a moeda digital devem ser concluídos dentro de seis meses a um ano. No entanto, Roberto Campos Neto deixou claro que vê a moeda digital como o futuro do sistema de transações financeiras. Para ele, a criação do Pix, sistema de pagamentos instantâneos que o BC vai lançar em novembro, é apenas o início desse processo de digitalização da moeda brasileira. “O que vemos daqui para a frente é a união de uma forma de pagamento instantânea, aberta, interoperável, com um sistema de dados aberto. (...) Lá na frente, a gente enxerga todo mundo mais digitalizado, inclusive com uma moeda digital”, disse Campos Neto, ontem, em evento do Pix.


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