Projeção do Focus para PIB de 2020 passa de -5,52% para -5,46%

Para 2021, o mercado financeiro manteve a previsão do Produto Interno Bruto (PIB), de alta de 3,50%

Agência Estado
postado em 24/08/2020 09:28
 (crédito: Ralph Orlowski/Reuters - 17/10/14)
(crédito: Ralph Orlowski/Reuters - 17/10/14)
Os economistas do mercado financeiro alteraram suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. Conforme o Relatório de Mercado Focus, a expectativa para a economia este ano passou de retração 5,52% para queda de 5,46%. Há quatro semanas, a estimativa era de baixa de 5,77%.
Para 2021, o mercado financeiro manteve a previsão do Produto Interno Bruto (PIB), de alta de 3,50%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo patamar.
No Focus divulgado nesta segunda-feira, 24, a projeção para a produção industrial de 2020 seguiu em baixa de 7,68%. Há um mês, estava em baixa de 7,86%. No caso de 2021, a estimativa de crescimento da produção industrial seguiu em 5,42%, ante 4,00% de quatro semanas antes.
A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2020 passou de 67,25% para 67,00%. Há um mês, estava em 67,40%. Para 2021, a expectativa permaneceu em 69,65%, ante 69,78% de um mês atrás.
Déficit primário
O Relatório Focus trouxe hoje alteração na projeção para o resultado primário do governo em 2020. A relação entre o déficit primário e o PIB este ano foi de 11,73% para 11,63%. No caso de 2021, foi de 2,80% para 2,67%. Há um mês, os porcentuais estavam em 11,50% e 2,90%, respectivamente.
Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2020 seguiu em 15,00%, conforme as projeções dos economistas do mercado financeiro. Para 2021, passou de 6,35% para 6,20%. Há quatro semanas, estas relações estavam em 15,60% e 6,50%, nesta ordem.
O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.
Os avanços nas projeções nos últimos meses refletem a expectativa de que, com o aumento das despesas do governo durante a pandemia do novo coronavírus, o País terá um cenário fiscal ainda mais difícil.
Balança comercial
Os economistas do mercado financeiro mantiveram a projeção para a balança comercial em 2020 na pesquisa Focus realizada pelo Banco Central, em superávit comercial de US$ 55,00 bilhões. Um mês atrás, a previsão era a mesma. Para 2021, a estimativa de superávit foi de US$ 52,75 bilhões para US$ 53,31 bilhões. Há um mês, estava em US$ 53,35 bilhões.
No caso da conta corrente do balanço de pagamentos, a previsão contida no Focus para 2020 foi de déficit de US$ 7,75 bilhões para US$ 6,96 bilhões, ante US$ 8,31 bilhões de um mês antes. Para 2021, a projeção de rombo passou de US$ 15,60 bilhões para US$ 15,30 bilhões. Um mês atrás, o rombo projetado era de US$ 15,60 bilhões.
Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir o resultado deficitário nestes anos. A mediana das previsões para o IDP em 2020 foi de US$ 51,25 bilhões para US$ 55,00 bilhões. Há um mês, estava em US$ 53,95 bilhões. Para 2021, a expectativa foi de US$ 65,96 bilhões para US$ 65,48 bilhões, ante US$ 64,10 bilhões de um mês antes.
 

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