Rodrigo Maia comenta proposta de auxílio emergencial de R$ 300 do governo

Maia destacou que o valor de R$ 300 da última etapa de pagamento do auxílio emergencial para informais, que deve ir até dezembro é o alor que a equipe econômica vê como possível

Luiz Calcagno
postado em 01/09/2020 15:51

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, destacou que deputados terão de ser cuidadosos no debate da prorrogação do auxílio emergencial. O Executivo reduziu a proposta para R$ 300. O receio é que o valor aumente e haja descontrole nas contas públicas. Maia falou em coletiva de imprensa no Salão Negro, no início da tarde desta terça-feira (1/9). Ele também falou sobre o renda mínima, e opinou que o projeto deveria propiciar não apenas retirar a população da extrema pobreza, mas garantir mobilidade social aos beneficiários.

Maia destacou que o valor de R$ 300 da última etapa de pagamento do auxílio emergencial para informais, que deve ir até dezembro é o alor que a equipe econômica vê como possível. “Vamos avaliar os encaminhamentos, as propostas, o debate. Mas temos que ter muito cuidado, muita cautela. O auxílio é muito importante. Por isso, o governo decidiu prorrogar. Mas, os valores, de fato, vinham gerando impacto muito grande nas contas públicas, dívida pública. Temos que trabalhar a MP com cuidado para atender os mais vulneráveis sem dar sinalização de descontrole na dívida pública brasileira”, disse.

O texto ainda não tem relator, mas como foi feito por medida provisória, tem eficácea imediata. Questionado sobre o risco de o governo jogar para o Congresso a culpa pelo redução e, posteriormente pelo fim do auxílio emergencial, como fez quando ficou com os louros da criação do programa, O presidente da Câmara afirmou que a população compreende a importância do trabalho dos deputados. “Não acho que não avaliaram o parlamento como um instrumento importante na aprovação do auxílio emergencial de R$ 600. Mas, em algum momento, tinha que acabar. O governo manda uma proposta para encerrar o programa com um valor menor. Uma MP editada pelo governo que vai tramitar na câmara e vai ser debatida”, comentou.

A respeito do Renda Brasíl, projeto de renda mínima do governo federal, Maia destacou que é importante olhar para o Bolsa Família para elaborá-lo. “Minha opinião é que devemos avaliar todos os benefícios do Bolsa Família. Tirou da extrema pobreza, tirou da fome, milhões de brasileiros. E o que não foi implementado? A garantia de mobilidade social. Um bom programa social garantiria para essas família, no meu ponto de vista, não sou do governo, um programa que garanta que os brasileiros não vão passar fome”, avaliou.

“É importante fazer um programa com benefícios extraordinários para que consigam cimprir metas, que seja na educação dos filhos, na recapacitação dos adultos, na habitação. O que a gente precisa é dar condições não apenas da transferência de renda para não deixar que famílias tenham fome, mas criar um programa que possa garantir um número maior de brasileiros com mobilidade social”, completou.

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