Petrobras anuncia redução de 3% no preço da gasolina e 6% no do diesel

Valores serão atualizados nas refinarias a partir desta quinta-feira , 3 de setembro. Redução pode não chegar às bombas por conta da mudança na base de cálculo do ICMS, diz Sindicombustíveis

Simone Kafruni
postado em 02/09/2020 13:30
 (crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil)
(crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil)

A Petrobras anunciou, nesta quarta-feira (2/9), mais um reajuste nos combustíveis. Desta vez, a gasolina terá redução de 3% e o diesel, de 6%. Os novos valores nas refinarias passam a valer a partir desta quinta-feira (3/9). O impacto no preço será de um corte de R$ 0,1178 no litro do diesel e de R$ 0,0540 no da gasolina.

Hoje, em Brasília, no Plano Piloto, a gasolina é comercializada, em média, por R$ 4,54. Mas a redução anunciada pela Petrobras não deve chegar aos postos. Isso porque, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis-DF), houve reajuste na base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

A mudança foi anunciada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária em 24 de agosto e começou a valer nesta semana. Na capital federal, o tributo corresponde a 28% do preço da gasolina. Antes do reajuste, o preço utilizado como base para cálculo do imposto era de R$ 4,184 por litro da gasolina comum. Com o aumento, esse valor passa a ser de R$ 4,473. Por isso, o impacto é de R$ 0,08 no ICMS, portanto maior do que a redução calculada em R$ 0,054.

Também hou mudança nas bases de cálculo da gasolina premium, que cai de R$ 6,21 para R$ 6,16; Etanol, sobe de R$ 3,07 para R$ 3,077; diesel comum, aumenta de R$ 3,394 para R$ 3,506; e diesel S10, passa de R$ 3,533 para R$ 3,599.

Sem pesquisa

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que fazia levantamento semanal, anunciou que, desde 23 de agosto, a pesquisa está “temporariamente sem atualizações devido ao término da vigência do atual contrato celebrado com a empresa responsável”. O novo contrato já foi assinado pela ANP, porém só entrará em vigor a partir de 8 de setembro.

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