Rombo

Ministério da Economia projeta déficit primário de R$ 866,4 bilhões em 2020

Estimativa piorou após despesas extras, como a da prorrogação do auxílio emergencial

Marina Barbosa
postado em 04/09/2020 12:49
 (crédito: Marcello Casal JrAgência Brasil)
(crédito: Marcello Casal JrAgência Brasil)

O Ministério da Economia piorou a estimativa do déficit primário deste ano. A projeção é que o rombo das contas do governo central chegue a R$ 866,4 bilhões, o equivalente a 12,1% do Produto Interno Bruto (PIB), devido à pandemia do novo coronavírus.

A estimativa para o déficit primário do governo foi atualizada nesta sexta-feira (04/09), por conta do aumento das despesas do programa de enfrentamento ao novo coronavírus. Antes disso, o governo projetava um rombo de R$ 787 bilhões, o equivalente a 11% do PIB, em 2020.

Segundo o Ministério da Economia, a pandemia já acumula um impacto fiscal de R$ 605 bilhões para o governo brasileiro, cerca de 8,4% do PIB. São R$ 584 bilhões de despesas extraordinárias e R$ 20,6 bilhões de frustração de receita. E o maior impacto é do auxílio emergencial, que foi prorrogado nesta semana.

Segundo os cálculos do Ministério da Economia, o pagamento de mais quatro parcelas de R$ 300 do auxílio emergencial vai custar R$ 67 bilhões ao governo. Por isso, o custo total do programa subiu de R$ 254 bilhões para R$ 321 bilhões, o que impactou a projeção de despesas e de déficit da União.

"É quase três vezes o total da despesa discricionária que temos para os ministérios do governo federal", comparou o secretário da Fazenda, Waldery Rodrigues, que atualizou as estimativas fiscais da pandemia de covid-19 nesta sexta-feira.

Se confirmado, o déficit para R$ 866,4 bilhões será o pior da série histórica. E esse rombo é ainda maior quando se considera as estatais, os estados e os municípios. Para o setor público consolidado, o governo agora projeta um rombo de R$ 891,1 bilhões, o equivalente a 12,4% do PIB, neste ano.

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