"Orientação de Guedes é ter agenda que mude o Brasil", diz Waldery sobre atrito com Maia

O secretário da Fazenda disse que é a essa missão que dedica "100% do tempo e da energia"

Marina Barbosa
postado em 04/09/2020 15:55
 (crédito: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
(crédito: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O secretário da Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, disse que a "orientação de Guedes é ter uma agenda que mude o Brasil estruturalmente". "É a parte mais importante, em que concentramos 100% do tempo e da energia", emendou, ao ser questionado sobre o novo desgaste entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

"A orientação de Guedes é ter uma agenda que mude o Brasil estruturalmente e que seja implementada o mais rapidamente e de forma eficiente para tratar da covid-19 e termos condições de, em 2021, 2022, voltar a ter equilíbrio fiscal, crescimento da economia, geração de emprego e renda", afirmou Waldery Rodrigues, nesta sexta-feira (04/09)

Na noite dessa quinta-feira (03/09), logo após o governo federal levar a proposta de reforma administrativa ao Congresso, sem a presença de Paulo Guedes; Maia disse que o ministro havia proibido a equipe econômica de conversar com o deputado. O Ministério da Economia não comentou formalmente a crítica.

Waldery também não comentou diretamente a questão, mas garantiu que o diálogo com o Congresso acontece. Ele admitiu, contudo, que esse diálogo se dá majoritariamente por vias alternativas, como as lideranças e a Secretaria de Governo, já que a função principal do Ministério da Economia seria estruturar essa agenda estrutural.

"O diálogo com o Congresso acontece. Existem lideranças nossas, lideranças do governo na Câmara, no Senado no Congresso. Existem ministérios que tratam desse tema. A Segov tem essa competência. E, da nossa parte, na Secretaria Especial de Fazenda, seguimos em como fazer isso acontecer da maneira mais célere e efetiva possível", alegou.

O secretário destacou ainda que o Congresso é soberano. E disse que o Brasil precisa de um "brinde à democracia", com a articulação dos três Poderes, já que a agenda em debate muda estruturalmente o país e a "agenda de reformas precisa seguir".

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