Supermercados reclamam de Bolsonaro
Não poderia ter sido mais indigesto para os empresários do ramo de supermercados o pedido do presidente Jair Bolsonaro para que sejam “patriotas” e reduzam os preços de alimentos. O dono de uma grande rede de atacarejo diz que “declarações como essa ferem o livre mercado, na medida em que uma autoridade pública tenta influenciar a formação de preços.” Em nota, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) afirmou que apoia o “sistema econômico baseado na livre iniciativa” e que é “contra as práticas abusivas de preço que geram tensões de ordem pública.” Os supermercados culpam a indústria pela alta de preços, argumentando que os produtos já chegam a eles com valores elevados. Segundo o vice-presidente da Abras, João Devens, há o risco real de a situação piorar, com novos aumentos nas próximas semanas. Há uma palavra específica para isso: inflação. Segundo economistas, alimentos mais caros são resultado da alta do dólar e da forte demanda chinesa. O cenário preocupa.
Alunos não querem aulas presenciais
É hora de retomar as aulas presenciais? Para o fundador e presidente da rede Wiser Educação, Flávio Augusto da Silva, a resposta é não. “Pesquisas mostram que mais da metade de nossos alunos não tem interesse em retornar”, afirma o executivo. “Os estudantes ainda não se sentem seguros.” Flávio diz que, pelo menos até janeiro do ano que vem, as aulas continuarão sendo ministradas pelo aplicativo Zoom. O grupo Wiser controla 430 unidades de rede de idiomas Wise Up e Number One.
Troca de comando na AB InBev
Um dos cargos mais cobiçados do mundo corporativo ficará vago nos próximos meses. A AB InBev, maior cervejaria do mundo, iniciou o processo para substituir o brasileiro Carlos Brito, que lidera a empresa há 16 anos. A informação é do jornal britânico Financial Times. Segundo a publicação, a companhia vai priorizar candidatos externos, o que talvez cause algum ruído. Brito tem longa ficha de serviços prestados. Ele comandou o processo de aquisições que transformou a AB InBev numa potência global.
Investimentos em logística podem destravar infraestrutura
Os projetos ferroviários que estão saindo do papel deverão resultar em um novo ciclo de investimentos em infraestrutura. A avaliação é de Alexandre Pierantoni, diretor da consultoria americana Duff & Phelps, que participou de webinar promovido pela Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital. “Apenas 15% da nossa logística é feita por ferrovias”, disse o executivo. “Tirar o deslocamento das rodovias passará uma boa impressão para investidores locais e internacionais.”
Rapidinhas
» Os planos coletivos por adesão, destinados às pessoas a partir de suas profissões e respectivas entidades de classe (conselhos, sindicatos e associações), foram os únicos da área de saúde a crescer na pandemia. O setor fechou o período de março a julho com um saldo positivo de 35,3 mil clientes. Enquanto isso, os outros planos de saúde perderam 327 mil usuários.
» Maior administradora de planos coletivos do país, a Qualicorp aproveitou as novas oportunidades geradas pelo mercado durante a pandemia. Nos últimos meses, a empresa lançou 18 produtos em todas as regiões do país e fechou acordos regionais com diversas companhias.
» Maior rede de mercados autônomos do Brasil, a Market4u tem planos ambiciosos para o país. Há seis meses, havia apenas uma unidade em funcionamento. Agora, são 100, e a meta é chegar a 5 mil até 2021. Brasília é uma das prioridades da empresa. São seis lojas em funcionamento e outras nove em fase de implementação.
» O modelo de negócios da Market4u consiste em instalar, dentro dos condomínios, um pequeno mercado autônomo, sem atendentes. Por meio de um aplicativo, os moradores se cadastram, selecionam os produtos de seu interesse e efetivam o pagamento. Todo processo é realizado de forma on-line e sem a necessidade de ter contato com máquinas.
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