A atividade industrial continuou em trajetória de recuperação em julho. Com o novo aumento, os índices de faturamento, horas trabalhadas na produção e utilização da capacidade instalada (UCI) reverteram a maior parte da queda acumulada em março e abril, meses mais críticos da crise, e estão próximos do patamar pré-pandemia. Os dados são dos Indicadores Industriais, da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O estudo revela que o faturamento real, na série dessazonalizada, aumentou 7,4% em julho, acumulando alta de 34,5% nos últimos três meses. O índice está 1,7% menor que o registrado em fevereiro de 2020, antes da pandemia do novo coronavírus e no acumulado de 2020 até julho apresenta queda de 5% na comparação com o mesmo período de 2019.
As horas trabalhadas na produção aumentaram 4,5% em julho, na série dessazonalizada. O acumulado de 20,9% na alta das horas trabalhadas nos últimos três meses reverte a maior parte da queda de 23% observada em março e abril. O índice encontra-se 7% abaixo do registrado em fevereiro. No acumulado do ano a queda é de 9% em relação a igual período de 2019.
Capacidade em alta
Movimento semelhante é observado na UCI, que aumentou 2,9 pontos percentuais em julho, chegando a 75,4%, considerando a série livre de efeitos sazonais. O percentual é 3,4 pontos percentuais inferior ao registrado no pré-pandemia, em fevereiro e, na média de 2020 até julho, a UCI é 3,6 pontos percentuais inferior ao mesmo período de 2019.
Já o emprego industrial segue sem reação. Em julho, o indicador ficou próximo da estabilidade, ao registrar queda de apenas 0,2%. A massa salarial e o rendimento médio, por sua vez, caíram na comparação com junho. Em relação a fevereiro, o emprego industrial acumula queda de 3,5% e a massa salarial, de 6,8%.
O rendimento real pago aos trabalhadores da indústria caiu 2,4% em julho, considerando a série dessazonalizada. O resultado reverte parcialmente o crescimento do mês anterior, fruto do fim de parte dos acordos de suspensão e/ou redução de jornada de trabalho e salário. No acumulado do ano de 2020 até julho, o rendimento médio real é 3,6% inferior em relação ao mesmo período de 2019.
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