banco central

Boletim Focus projeta queda de 5,02% do produto interno bruto neste ano

Também foram divulgados previsões para dólar e balança comercial

Correio Braziliense
postado em 05/10/2020 14:43 / atualizado em 05/10/2020 14:53
 (crédito: Danilson Carvalho/CB/D.A Press)
(crédito: Danilson Carvalho/CB/D.A Press)

Os economistas do mercado financeiro alteraram levemente suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. Conforme o Relatório de Mercado Focus, a expectativa para a economia este ano passou de retração de 5,04% para queda de 5,02%. Há quatro semanas, a estimativa era de baixa de 5,31%.

Para 2021, o mercado financeiro manteve a previsão do Produto Interno Bruto (PIB), de alta de 3,50%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo patamar.

No Focus agora divulgado, a projeção para a produção industrial de 2020 seguiu em baixa de 6,30%. Há um mês, estava em queda de 6,38%. No caso de 2021, a estimativa de crescimento da produção industrial passou de 4,41% para 4,53%, ante 5,33% de quatro semanas antes.

A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2020 passou de 67,00% para 67,55%. Há um mês, estava em 66,00%. Para 2021, a expectativa foi de 69,95% para 70,00%, ante 69,83% de um mês atrás.


Deficit primário


O Relatório de Mercado Focus trouxe, nesta segunda-feira, alteração na projeção para o resultado primário do governo em 2020. A relação entre o deficit primário e o PIB este ano foi de 12,00% para 12,05%. No caso de 2021, foi de 2,84% para 3,00%. Há um mês, os porcentuais estavam em 11,70% e 2,60%, respectivamente.


Já a relação entre deficit nominal e PIB em 2020 foi de 15,50% para 15,70%, conforme as projeções dos economistas do mercado financeiro. Para 2021, permaneceu em 6,50%. Há quatro semanas, essas relações estavam em 15,00% e 6,25%, nessa ordem.


O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.
Os avanços nas projeções nos últimos meses refletem a expectativa de que, com o aumento das despesas do governo durante a pandemia do novo coronavírus, o país terá um cenário fiscal ainda mais difícil.


Balança comercial


Os economistas do mercado financeiro alteraram a projeção para a balança comercial em 2020 na pesquisa Focus realizada pelo BC, de superávit comercial de US$ 55,15 bilhões para US$ 57,49 bilhões. Um mês atrás, a previsão era de US$ 55 bilhões. Para 2021, a estimativa de superávit foi de US$ 53,31 bilhões para US$ 55 bilhões. Há um mês, estava em US$ 53,35 bilhões.

No caso da conta corrente do balanço de pagamentos, a previsão contida no Focus para 2020 foi de deficit de US$ 7,20 bilhões para US$ 6,81 bilhões, ante US$ 8,10 bilhões de um mês antes. Para 2021, a projeção de rombo passou de US$ 19,45 bilhões para US$ 17 bilhões. Um mês atrás, o rombo projetado era de US$ 15,60 bilhões.

Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir o resultado deficitário nestes anos. A mediana das previsões para o IDP em 2020 foi de US$ 55 bilhões para US$ 51,26 bilhões. Há um mês, estava em US$ 55 bilhões. Para 2021, a expectativa foi de US$ 68,50 bilhões para US$ 65 bilhões, ante US$ 65,48 bilhões de um mês antes.


Dólar

O Relatório também mostrou manutenção no cenário para a moeda norte-americana em 2020. A mediana das expectativas para o câmbio, no fim do ano, seguiu em R$ 5,25, mesmo porcentual de um mês atrás. Para 2021, a projeção dos economistas do mercado financeiro para o câmbio permaneceu em R$ 5, valor igual ao de quatro pesquisas atrás.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação