Sem Lances

Leilão do prédio do Othon Palace de BH termina sem compradores

Valor mínimo de oferta era de R$ 30 milhões; advogado da rede de hotéis diz que não haverá segunda rodada para lances

Mateus Adler - Estado de Minas
postado em 06/10/2020 16:31
 (crédito: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
(crédito: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

O leilão do prédio que abrigava o Othon Palace Hotel, no Centro de Belo Horizonte, terminou sem compradores na tarde desta terça-feira (6). O valor mínimo de oferta era de R$ 30 milhões, conforme decisão da 5ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. Todo o procedimento foi feito on-line e durou menos de 40 minutos.

Às 14h, o leiloeiro Jonas Rymer, da Rymer Leilões, começou a ler o edital do procedimento. O documento dizia que, além do lance mínimo de R$ 30 milhões, o arrematante teria de arcar com os débitos em aberto referentes ao Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), no valor de R$ 5.377.333,55, mais acréscimos legais, ficando a cargo do comprador negociar possíveis alternativas para a quitação da dívida.

Além disso, o arrematante deveria ter uma atenção especial quanto ao tombamento do edifício, uma vez que ele é protegido pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte (CDPCM-BH). Ou seja, qualquer alteração na fachada do empreendimento teria que ter o projeto enviado para análise e aprovação da Diretoria de Patrimônio Cultural.

Presente no leilão virtual, o advogado da rede Othon disse que não haverá uma segunda rodada de ofertas, uma vez que o procedimento desta tarde era apenas uma das alternativas para o grupo - que está em recuperação judicial - levantar fundos com a venda do imóvel.

Histórico

Ao ser inaugurado, em 1978, em imponente prédio de 25 andares, na Avenida Afonso Pena, entre as ruas Tupis e Bahia, em frente ao Parque Municipal, o Othon Palace de BH contava com quase 300 quartos, e, por alguns anos, foi o único hotel de luxo da cidade.

Ao fechar as portas, em 2018, após 40 anos de funcionamento, apresentava um prejuízo acumulado de R$ 40 milhões. O passivo total – sobretudo em tributos – somava R$ 527,1 milhões.

Foram 170 funcionários demitidos, além de impacto provocado em mais de 64 áreas da economia fomentadas pela hotelaria.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação