A Petrobras anunciou, ontem, mais um reajuste dos preços dos combustíveis nas refinarias. A partir de hoje, o litro da gasolina aumenta em 4% e o do diesel, (S10 e S500), em 5%. O combustível marítimo (Dmar) sobe 5,3%. Na bomba, o impacto não é imediato, mas pode chegar a R$ 0,08 no litro do diesel e de R$ 0,07 no da gasolina.
Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis-DF), Paulo Tavares, a margem dos estabelecimentos é pequena, de R$ 0,30 por litro. “O impacto de R$ 0,07 é quase 30%. Então, o aumento deve ser repassado integralmente”, afirmou.
Tavares explicou que a venda de combustíveis ainda está baixa por conta da pandemia. “A média é uma redução de 40% em relação ao período de normalidade. Em algumas cidades do DF, a queda já está menor, em torno de 20%, mas a movimentação média de carros é 40% mais baixa. Ou seja, os postos estão vendendo menos”, disse.
Segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o volume de comercialização de combustíveis ainda está 30% menor em razão da pandemia. “Outro motivo para o repasse é que em setembro houve dois aumentos. Não dá para segurar, explicou Tavares. A base de cálculo do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), estipulada pelo governo, também pode sofrer alteração, o que aumentará ainda mais os produtos.
Na visão dos consumidores, os aumentos tornaram-se comuns. Para o estudante Hemerson Soares, de 24 anos, morador do Guará, a alta do preço já é rotineira para os motoristas. “Cada mês é um aumento, e o povo já se acostumou com isso”, diz. Já a bancária Aline Silva, 31 anos, moradora de Samambaia, diz que espera pegar promoções onde estiver. “Vou ficar de olho nos postos e ver onde está mais barato, seja aqui, no Plano, ou em Samambaia”, conta.
A Petrobras ressaltou que os preços que pratica e suas variações para mais ou para menos são “associadas ao mercado internacional e à taxa de câmbio”. A estatal informou que, apesar dos aumentos recentes, o preço médio do diesel nas refinarias acumula queda de 24,3% desde janeiro. No caso da gasolina, a redução é de 5,3%.
*Estagiário sob a supervisão de Odail Figueiredo
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