Conjuntura

Confiança do empresário se aproxima do nível pré-pandemia

O índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) se estabilizou em outubro e mostra otimismo do empresariado industrial. Entretanto, categoria está mais cautelosa sobre os próximos seis meses: o Índice de Expectativas sofreu o primeiro recuo desde abril

Bruna Pauxis*
postado em 13/10/2020 14:20 / atualizado em 13/10/2020 16:48
 (crédito: REUTERS/Washington Alves)
(crédito: REUTERS/Washington Alves)

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) se estabilizou em outubro, variando de 61,6 para 61,8 pontos, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O número, acima de 50 pontos, demonstra confiança e se aproxima do registro de fevereiro (64,7), antes da pandemia de Covid-19. As expectativas com a estabilização são de maiores níveis de atividade, empregos e investimento na economia brasileira.

Já o Índice de Expectativas dos Empresários em relação aos próximos seis meses caiu de 65,1 para 64,4 pontos. É o primeiro recuo desde abril, o momento mais agudo da crise econômica provocada pelo novo coronavírus no Brasil.

Em contrapartida, o Índice de Condições Atuais vem crescendo desde junho e passou de 54,7 para 56,3 pontos esse mês. Sobre as condições atuais dentro da economia, o índice entre o empresariado industrial cresceu de 49,5 para 51,9 pontos, superando a marca dos 50 pontos. No que se refere às empresas, o índice já estava acima dessa média e este mês marcou 58,5 pontos.

Marcelo Azevedo, gerente de análise econômica da CNI, acredita que o otimismo no setor empresarial se manterá pelos próximos meses. "A confiança dá impulso para a melhora do crescimento econômico", observa. Segundo Azevedo, o ICEI chegou a cair bastante entre março e abril, mas recuperou-se com relativa rapidez. Sobre o índice de expectativas dos empresários, o especialista considera que "é uma acomodação esperada após uma recuperação". Na fase de crescimento rumo à melhora dos índices, após o "tombo histórico" do ICEI, as expectativas do setor eram maiores, completa Azevedo.

  

* Estagiária sob supervisão de Carlos Alexandre de Souza 

 

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