Cai uso dos rotativos

Correio Braziliense
postado em 26/10/2020 23:12

O crescimento da carteira de crédito tem sido puxada pelas modalidades de financiamento que custam menos para as famílias e para as empresas brasileiras. Prova disso é que o uso dos rotativos do cartão de crédito e do cheque especial têm caído, segundo dados apresentados ontem pelo Banco Central. Nos últimos meses, os juros das duas formas de pagamento apresentam uma nova tendência. O saldo do cartão caiu 2,8% em setembro, e 7,4% no acumulado do ano. Já o do cheque especial, 1,6% no mês e 19,2% no ano para pessoas físicas.

O saldo do cheque especial também diminuiu entre as empresas, com uma retração de 6,4% no mês passado –– e de 33,1% no ano. Já o uso do rotativo cartão cresceu 6,8% entre as pessoas jurídicas no mês, mas ainda acumula uma retração de 33,3% no ano.

Mesmo assim, as duas formas de pagamento têm os juros mais altos do mercado, apesar de, em setembro, a taxa média ter caído de 18,6% para 18,1% ao ano. Mas, separadamente, cheque e cartão seguiram rumos diferentes: na primeira modalidade, os juros subiram de 112,9% para 114,2% ao ano; na segunda houve recuo, mas continua bem acima dos 300% ao ano –– 309,9% em setembro contra 310,2% em agosto.

“Algumas condições do cenário atual favorecem a mudança na procura por créditos de custos mais elevado. Embora de fácil acesso, as famílias, por um lado, tiveram menor necessidade de recursos, por outro lado tiveram acesso maior a crédito de custo mais baixo”, analisou o chefe adjunto do Departamento de Estatísticas do BC, Renato Baldini. (MB)

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