MERCADO

Bolsa cai mais de 3% nesta quarta-feira (28/10)

Desde a última sexta-feira,Ibovespa apresenta queda devido a cenário de instabilidade econômica do mundo. Dólar bate em R$ 5,79, mas reduz alta após ação do BC

Edis Henrique Peres*
postado em 28/10/2020 14:53 / atualizado em 28/10/2020 14:54
 (crédito: MIGUEL SCHINCARIOL/AFP)
(crédito: MIGUEL SCHINCARIOL/AFP)

Principal índice da Bolsa brasileira, Ibovespa operou em queda na manhã desta quarta-feira (28/10), quando o índice marcou queda de 3,28%, aos 98.335,44 pontos. O dólar comercial apresentou alta, com aumento de quase 2%, batendo em R$ 5,79, mas o Banco Central (BC) interveio. A cotação do dólar, às 14h, estava a R$ 5,74 na venda.

Marco Harbich, estrategista da Terra Investimentos, explica que a ação do BC se trata basicamente de vender dólar no mercado. “O Banco Central faz contrato swap e começa a vender dólar para aumentar a liquidez e diminuir o preço de cotação”, explica. Além disso o especialista elenca alguns fatores que estão causando a instabilidade da bolsa de valores.

“Não é um problema apenas no Brasil a volatilidade da bolsa, é um problema no mundo inteiro. E isso ocorre primeiro devido ao aumento de casos de covid-19 nos Estados Unidos e na Europa, e a dúvida que isso suscita de como esse aumento vai impactar a economia. Ou seja, não sabemos se haverá novas medidas de restrições e como elas vão afetar o setor de vendas de alimentos, como bares e restaurantes, e o setor de serviços”, pontua Harbich.

No mundo já há um total de 44 milhões de casos confirmados do novo coronavírus, segundo o monitoramento feito pela universidade norte-americana Johns Hopkins. Apenas os Estados Unidos, em sete dias, contabilizou 500 mil novos casos. O número de mortes no planeta desde o início da pandemia já ultrapassa a marca de 1,1 milhão.

Mercado interno

Somado ao aumento de número de casos, os EUA enfrentam impasse referente a liberação do estímulo fiscal. Harbich também cita o aumento da dívida pública do país como um agravante do cenário de instabilidade do mercado financeiro. “Mas também, no nosso cenário doméstico, temos o aumento da dívida PIB (produto interno bruto) do Brasil, e não é visto nenhuma atitude quanto a corte de gastos.O governo está preocupado em fazer manobras para onde vai direcionar receitas, mas não está fazendo nada para cortar gastos”, explica o especialista.

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro

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