PIB

Governo prevê alta do emprego e crescimento econômico de 3,2% em 2021

Nota divulgada pelo Ministério da Economia afirma que nível de atividade começará a subir já no último trimestre deste ano, puxada pelo setor de serviços

Bruna Pauxis*
postado em 05/11/2020 18:07 / atualizado em 05/11/2020 18:08
 (crédito: Marcello Casal JrAgência Brasil)
(crédito: Marcello Casal JrAgência Brasil)

O governo prevê um crescimento de 3,2% do produto Interno Bruto em 2021, segundo estimativa divulgada nesta quinta-feira (5/11) pela Secretaria de de Política Econômica (SPE), do Ministério da Economia. Os motores da retomada, de acordo com a SPE, serão empregos, crédito e consolidação fiscal. O governo prevê, ainda, crescimento já no quarto semestre de 2020, liderado pelo setor de serviços.

O ministério acredita que as classes média e alta economizaram ao longo dos últimos meses — por não terem consumido serviços de restaurante, bares, cinema, viagens, entre outros que envolvem maior risco de contágio do vírus SARS-CoV-2 — e, por isso, prevê grande entrada de recursos na economia no fim deste ano.

Nota divulgada pela SPE ressalta, também, a antecipação das férias no mercado formal como uma das medidas de combate à crise que foi pouco comentada. “Essa medida possibilitou que todas as empresas antecipassem as férias, sem ter que pagar o adicional de 1/3 de todos seus funcionários. Isto é, nesse período do final de ano, as empresas operarão com toda sua força de trabalho”, afirma a nota.

Conforme análise do Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor de serviços — responsável por 70% da economia do país — registrou alta de 2,9% em agosto, mas ainda está 9,8% abaixo do que estava antes da pandemia.

Empregos crescem com retomada da atividade

“Diversas empresas tiveram que demitir funcionários para se adequarem à nova realidade”, diz o texto. O documento afirma que, dada a incerteza sobre a evolução da pandemia, muitas companhias postergaram a contratação de novos empregados e completa: “O resultado dessa combinação reflete-se na taxa de desemprego atual”.

A diferenciação da crise causada pela pandemia e outras crises sofridas pelo Brasil é um ponto recorrente no documento, que observa que as taxas de desemprego expressivas nos últimos meses ocorreram no setor informal. O ministério acredita que, pelo setor informal ser mais “flexível” que o formal, esses números serão reduzidos no quarto trimestre de 2020, com a retomada das atividades econômicas.

Novos instrumentos para o agronegócio

Sobre o agronegócio, a nota ressalta os instrumentos financeiros já desenvolvidos, como o Patrimônio Rural em Afetação, a Cédula Imobiliária Rural (CIR) e a autorização para emissão de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) no exterior.

As projeções para o setor são: a criação do Fundo Imobiliário Rural, que promoverá investimentos e regularização das propriedades rurais; e projetos ligados à sustentabilidade, como a CPR verde e a estruturação de mercado para negociação das Cotas de Reserva ambiental em bolsa.

Estagiária sob a supervisão de Odail Figueiredo

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação