Cerca de 460,7 mil trabalhadores brasileiros precisaram recorrer ao seguro-desemprego em outubro. O dado, divulgado nesta sexta-feira (06/11) pelo Ministério da Economia, é 16,8% menor que o registrado no mesmo mês de 2019. Porém, revela um recuo de apenas 1,2% no volume de pedidos de seguro-desemprego em relação a setembro.
De acordo com o Painel de Informações do Seguro-Desemprego, os trabalhadores do setor de serviços ainda dominam os pedidos de seguro-desemprego, já que esse setor está demorando mais a se recuperar da crise do novo coronavírus. Ao todo, 41% das solicitações registradas em outubro partiram desse setor. A maior parte dos trabalhadores também costumava ganhar até 1,5 salário mínimo, tem entre 30 e 39 anos e ensino médio completo.
O volume de pedidos de seguro-desemprego, contudo, representa quase metade das 960 mil solicitações que chegaram a ser registradas em apenas um mês, no auge da pandemia de covid-19. O pico ocorreu em maio. Depois desse momento crítico, a quantidade de requisições caiu. Foi a 653 mil em junho, 570 mil em julho e 463 mil em agosto. A partir de então, contudo, estacionou na casa dos 460 mil, marcando 466 mil em setembro, e 460 mil em outubro.
Com essa evolução, os pedidos de seguro-desemprego passam dos 5,912 milhões no acumulado deste ano. É um aumento de 3,5% em relação ao mesmo período do ano passado, que também levou o governo federal a pagar o benefício para um patamar acima da média histórica. Os desembolsos do seguro-desemprego chegaram a R$ 3,7 bilhões em julho. Desde então, contudo, esse número também vem caindo. Em outubro, por exemplo, o governo pagou R$ 2,97 bilhões em seguro-desemprego para 2,24 milhões de trabalhadores, valores bem próximos aos do mesmo mês do ano passado.
O Ministério da Economia não comentou os dados do seguro-desemprego de outubro, mas tem dito que a economia e o emprego têm se recuperado no Brasil, após o baque sofrido no início da pandemia de covid-19. O governo alega que o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) tem mostrado geração líquida de vagas há três meses, apesar de a taxa de desemprego continuar elevada e o volume de pedidos de seguro-desemprego ter estabilizado. Em reunião realizada nesta semana no Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), o governo conseguiu derrubar a proposta da bancada dos trabalhadores de pagar suas parcelas extras do seguro-desemprego a quem foi demitido na pandemia de covid-19.
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