Europa

Presidente do BCE prevê recuperação 'instável', mesmo com vacina

Segundo alerta de Christine Lagarde, mesmo com a vacina contra Covid-19, a recuperação econômica na zona do euro corre o risco de ser "instável" e sujeita ao ritmo de distribuição desse tratamento

Agência France-Presse
postado em 11/11/2020 12:24
 (crédito: Behrouz MEHRI / AFP)
(crédito: Behrouz MEHRI / AFP)

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, alertou nesta quarta-feira (11) que, mesmo com uma vacina contra a covid-19, a recuperação econômica na zona do euro corre o risco de ser "instável" e sujeita ao ritmo de distribuição desse tratamento.

"Embora as últimas notícias sobre a vacina sejam animadoras, a recuperação pode não ser linear, mas instável, no estilo start-stop", declarou Lagarde, em Frankfurt, na abertura de um fórum anual dos bancos centrais.

O anúncio por parte dos laboratórios Pfizer e BioNTech de que sua vacina seria "90% eficaz" gerou uma onda de otimismo no mundo, especialmente nas bolsas.

As vacinações contra o coronavírus podem começar no primeiro trimestre de 2021, em um "cenário otimista", afirmou nesta quarta-feira, com cautela, a diretora do Centro Europeu para a Prevenção e Controle de Doenças (ECDE), Andrea Ammon, em uma entrevista à AFP.

Para a responsável pela política monetária do BCE, "poderíamos enfrentar ciclos repetitivos de aceleração da propagação do vírus e endurecimento das restrições até alcançar uma imunidade generalizada" da população em relação ao coronavírus.

O principal desafio para as autoridades políticas será, portanto, "preencher o vazio, até que a vacinação tenha avançado o suficiente e a recuperação [econômica] tenha criado sua própria dinâmica", estimou Lagarde.

Já o BCE deve manter uma política monetária "contínua, poderosa e dirigida", no mínimo, "até que passe a emergência sanitária".

O programa de emergência do BCE para a pandemia, lançado em março e que conta nesse momento com 1,35 trilhão de euros, além dos grandes empréstimos dedicados especialmente aos bancos, "deverão continuar sendo as principais ferramentas de ajuste da nossa política monetária", destacou a presidente do BCE.

 

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