Pagamentos

PIX começa a funcionar plenamente nesta segunda-feira, após fase de testes

Depois de período de testes, no qual chegaram a ser feitas cerca de 675 mil operações, na última sexta-feira, sistema começa a funcionar plenamente hoje

Marina Barbosa
postado em 16/11/2020 06:00
 (crédito: Wanderlei Pozzembom/CB/D.A Press)
(crédito: Wanderlei Pozzembom/CB/D.A Press)

O novo método de pagamentos instantâneos, o Pix, estará à disposição de todosa partir desta segunda-feira (16/11). Começará a operar às 9h e pretende não sair mais do ar depois disso, pois funcionará 24 horas por dia, sete dias por semana, via aplicativo de celular.


O sistema foi desenvolvido pelo Banco Central (BC) ao longo dos últimos dois anos e será oferecido pelas instituições financeiras cadastradas pela autoridade monetária. Ao todo, 762 bancos, fintechs, cooperativas de créditos, instituições de pagamento e financeiras estão preparadas para realizar transferências e pagamentos instantâneos.


Para testar esse novo meio de pagamento, basta acessar o aplicativo do banco ou da instituição na qual o correntista tem conta. Mesmo já estando à disposição de todos, quem ainda não cadastrou a chave de segurança é possível fazê-lo sem custos. Este é o meio de identificação da conta no sistema de pagamento e pode ser o CPF ou CPNJ, o e-mail, o celular ou um código aleatório.
Os bancos garantem que a transação será segura e simples. Para fazer um pagamento, por exemplo, será preciso apenas ler o QR Code da conta ou da maquininha de cartão do lojista. Já para fazer uma transferência, será preciso apresentar apenas a chave Pix do recebedor. E essa operação será gratuita para os consumidores pessoas físicas. Apenas os estabelecimentos comerciais e os empreendedores que usarem o Pix para receber pagamentos comerciais vão pagar pelo serviço, mas o Banco Central diz que esta tarifa será pequena.


Por conta de todas essas vantagens, a expectativa em torno do Pix é grande. Mais de 30,1 milhões de pessoas e 1,7 milhão de empresas se cadastraram no sistema, que, por isso, conta com 71,3 milhões de chaves. E quem teve a chance de participar da fase restrita de testes do novo sistema, que serviu para o ajuste final, nos últimos dias, fez questão de testar o formato de pagamento. Segundo o BC, só na última sexta-feira, R$ 334,5 milhões foram movimentados no Pix em aproximadamente 675 mil operações.


Os bancos esperam que esses valores cresçam a partir de hoje. E garantem que os sistemas estão prontos para efetuar um grande volume de pagamentos sem estarem sujeitos à instabilidade do sistema, como ocorreu nas primeiras horas de cadastro das chaves. Os consumidores dizem que, uma vez comprovada a eficácia, o Pix pode ocupar o espaço da TED, do DOC e do boleto bancário — mais difíceis de usar, caros e cujas transações se processam apenas em horário comercial.


O BC acredita até que o uso do dinheiro em espécie pode diminuir à medida que o hábito de fazer pagamentos pelo celular se difunda. Para a autoridade monetária, o Pix preencherá as lacunas deixadas pelos atuais meios de débito e deve culminar na criação de uma moeda digital no futuro.

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