CONJUNTURA

Inflação pelo IPC-S subiu 0,62% na primeira quinzena de novembro

Empresários e consumidores apresentaram piora na confiança em novembro, segundo a divulgação extraordinária de uma prévia das sondagens de confiança apuradas pela Fundação Getulio Vargas

*Fernanda Strickland
postado em 16/11/2020 16:32 / atualizado em 16/11/2020 16:35
Na categoria Transportes, destaque para o etanol, cuja taxa passou de 4,42% para 6,90% -  (crédito: Paula Rafiza/Esp. CB/D.A Press - 5/12/14
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Na categoria Transportes, destaque para o etanol, cuja taxa passou de 4,42% para 6,90% - (crédito: Paula Rafiza/Esp. CB/D.A Press - 5/12/14 )

O IPC-S de 15 de novembro de 2020 subiu 0,62%, ficando 0,03 ponto percentual (p.p) acima da taxa registrada na última divulgação. Com este resultado, o indicador acumula alta de 3,73%, no ano, e 4,52%, nos últimos 12 meses.

Nesta apuração, cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Transportes (0,57% para 0,80%). Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item etanol, cuja taxa passou de 4,42% para 6,90%.

Também registraram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Vestuário (0,30% para 0,51%), Comunicação (0,06% para 0,12%), Alimentação (1,55% para 1,57%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,10% para 0,11%). Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: roupas (0,42% para 0,57%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,02% para 0,25%), hortaliças e legumes (6,44% para 9,20%) e aparelhos médico-odontológicos (0,38% para 0,55%).

Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (0,89% para 0,75%), Habitação (0,29% para 0,22%) e Despesas Diversas (-0,02% para -0,04%) apresentaram recuo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, vale citar os itens: passagem aérea (6,80% para 5,80%), equipamentos eletrônicos (-0,11% para -0,43%) e alimentos para animais domésticos (-0,20% para -0,74%).

Alimentação e combustíveis

Paulo Picchetti, coordenador do IPC Brasil do FGV IBRE, explica que apesar do número relativamente elevado, esse resultado ainda não indica um processo de alta generalizadas dos preços. “As principais pressões vêm dos grupos alimentação e combustíveis. Em alimentação, os produtos in-natura vêm subindo de preço há algumas semanas, refletindo a retomada do consumo. Em combustíveis, os reajustes do preço da gasolina nas refinarias estão chegando ao consumidor. De qualquer forma, essas pressões devem ser temporárias, e a inflação de 2020 deve ficar tranquilamente abaixo da meta estabelecida pelo Banco Central”, explica.

“Os preços nos demais grupos estão em desaceleração, excetuando o vestuário, que tem um aumento sazonal normal devido à entrada de uma nova estação”, informa o coordenador.

A próxima apuração do IPC-S, com dados coletados até o dia 22 de novembro, será divulgada no dia 23 de novembro.

*Estagiária sob supervisão de Andreia Castro

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