Conjuntura

Guedes otimista com 2021: "Vamos para uma economia de mercado forte"

Ministro destaca a aprovação da reforma da Previdência e o envio das propostas de reforma tributária e administrativa ao Congresso. Ele prevê uma economia de R$ 400 bilhões nos cofres públicos até 2022 com o conjunto de medidas para melhorar a gestão federal

Vera Batista
postado em 18/11/2020 20:21
 (crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
(crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que está “otimista” com o desempenho da economia em 2021, que deverá ser o ano da recuperação com aumento dos investimentos. “Vamos para o futuro, para uma economia de mercado forte”, destacou, em discurso durante a Premiação Melhores e Maiores 2020 da Revista Exame.

O ministro disse que, mesmo o Brasil tendo sido surpreendido pela pandemia do novo coronavírus, o governo fez várias entregas — principalmente ao Congresso Nacional. Preparou reformas estruturais, como a da Previdência, e enviou os projetos das tributária e administrativa ao Parlamento. Com todas as mudanças, essa gestão deverá levar economia de R$ 400 bilhões aos cofres públicos até o final de 2022.

As expectativas eram de que, após as recessões de 2015 e 2016, o Brasil decolaria em 2020. Mas, como isso não aconteceu, agora, o desafio é sair da armadilha do baixo crescimento. “No governo Bolsonaro, só nos quatro anos, economizaremos R$ 400 bilhões. Essa é a nossa estimativa. Economizamos R$ 80 bilhões, no primeiro ano, e R$ 120 bilhões nesse segundo ano, em 2020. Então, R$ 200 bilhões já economizamos dos juros da dívida. Esperamos mais R$ 100 bilhões por ano, nos próximos dois anos”, destacou Paulo Guedes. Ele afirmou que, contrariando as expectativas dos críticos, já no primeiro ano, derrubou a relação dívida PIB, de 76,5% para 75,8%.

Gastos com pessoal

Segundo Guedes, somente com pessoal, o governo conseguiu cortar R$ 480 bilhões. “Significa que conseguimos quebrar a dinâmica explosiva dos três principais gastos fiscais. O primeiro, dos privilégios da Previdência, de R$ 800 bilhões, em 10 anos, mais uma expectativa de R$ 200 bilhões em fraudes”, disse.

Em segundo lugar, de acordo com Guedes, houve corte nos gastos com a taxa de juros. “Com reparação do balanço da União e desalavancando os bancos públicos. E daqui para frente, também, acelerando as privatizações”. Guedes voltou a mencionar o crescimento em V (dinâmico após queda brusca). E a importância do auxílio emergencial para os mais pobres, dinheiro que acabou por incentivar o consumo.

“Antes mesmo da aprovação de uma emenda constitucional que nos permitisse gastar mais do que o teto e ignorar também a restrição da regra de ouro, ou seja, o Brasil podendo se endividar para gastos correntes, antes mesmo de termos essa medida emergencial aprovada, mobilizamos quase meio trilhão de recursos”, destacou Guedes.

No setor externo, o ministro lembrou que as exportações continuam crescendo — apesar da queda nas vendas para o Ocidente, especialmente a Europa — e apontou que quer ampliar as transações comerciais com a Índia, que vem crescendo mais até que a China.

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