O Ibovespa emendou a terceira semana de ganhos, elevando a 12,87% a valorização observada em novembro, após o revés colhido entre agosto e outubro. O avanço no mês supera, até aqui, o desempenho de abril quando, depois da queda livre de 29,90% em março, o Ibovespa subiu 10,25%. Ontem, o índice fechou em baixa de 0,59%, aos 106.042 pontos. Mesmo com o recuo, terminou a semana com alta de 1,26%. No acumulado do ano, registra queda de 8,30%.
De acordo com analistas, o enfraquecimento da Bolsa refletiu a piora da percepção sobre a situação fiscal do país, após o ministro da Economia, Paulo Guedes, ter levantado, na quinta-feira, a possibilidade de vender reservas para abater dívida. Os efeitos da fala do ministro foram mitigados, ontem, pelo secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues, ao observar que a gestão das reservas cabe ao Banco Central.
Permanece, contudo, a sensação de que a equipe econômica busca testar reações a caminhos possíveis para 2021, ano em que a trajetória da dívida continuará a ser ponto central na gestão das expectativas sobre as contas públicas, e no qual a concessão de auxílios ainda permanecerá essencial à sustentação da atividade e do consumo.
O clima de dúvidas refletiu-se também, no mercado de câmbio. O dólar encerrou o dia cotado a R$ 5,386, em alta de 1,35%. No acumulado da semana, a variação foi negativa em 1,64%.
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