ECONOMIA

Pix deve ajudar na retomada econômica, projetam bancos

O Pix promete realizar pagamentos e transferências em menos de 10 segundos, a qualquer hora do dia em qualquer dia do ano

O Banco Central (BC) e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) acreditam que, ao oferecer pagamentos rápidos e baratos, o Pix pode contribuir com o processo de recuperação da economia brasileira. E garantem que os sistemas das instituições estão prontos para o lançamento do sistema de débito instantâneo, que começa a rodar de forma integral no Brasil na próxima segunda-feira.

“A economia tende a ganhar mais velocidade e ritmo, já que os recursos vão cair de forma instantânea. Acredito no grande potencial que o Pix tem de auxiliar a economia nesse momento de retomada do crescimento”, afirmou o presidente da Febraban, Isaac Sidney de Menezes, que também vê o novo mecanismo como um propulsor da inclusão bancária, devido à facilidade de acesso ao sistema.

“É uma poderosa ferramenta para impulsionar a bancarização no médio prazo, trazendo novos clientes para o setor financeiro”, afirmou Sidney, em live realizada ontem pela Febraban para esclarecer as principais dúvidas sobre o novo método de transação.

Praticidade

O Pix promete realizar pagamentos e transferências em menos de 10 segundos, a qualquer hora do dia em qualquer dia do ano. Poderá ser acessado pelo celular, pelos aplicativos bancários usados pelos clientes, para garantir uma experiência fácil. E, segundo os bancos, tende a ser mais barato que os atuais meios de pagamento — como reforçou o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do BC, João Manoel Pinho de Mello.

“A diminuição do custo de transação faz com que haja mais negócios, que não ocorreriam se o custo fosse alto”, afirmou o diretor. Ele concordou que o Pix pode contribuir com a retomada econômica. “Cai o custo de transação, há mais atividade econômica e mais bem estar”, explicou.

A redução de custos, contudo, também deve afetar as receitas bancárias, segundo instituições como a Moody's. Porém, Sidney garantiu que esse impacto será “mais limitado do que se especula”. Ele explicou que, hoje, mais de 60% das contas bancárias já não cobram nenhuma tarifa do cliente que faz uma transferência e ressaltou que o Pix não vai provocar o fim do DOC e da TED. “Todos os serviços continuarão convivendo, com finalidades e formas distintas. O Pix vai ser mais uma forma. Vai ficar ao critério de cada cliente a melhor opção”, afirmou.