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Segundo a Fenauto, as transferências em novembro aceleraram 15% em relação a igual período de 2019. A razão é idêntica à que provocou a disparada da venda de imóveis: o crédito farto e mais barato

Correio Braziliense
postado em 09/12/2020 00:23 / atualizado em 09/12/2020 00:23
 (crédito: Pedro Ladeira/Esp. CB/D.A Press - 1/4/11)
(crédito: Pedro Ladeira/Esp. CB/D.A Press - 1/4/11)

Vendas de carros usados crescem na pandemia

A venda de carros usados acelerou em plena pandemia. Segundo a Federação Nacional das Associações de Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), as transferências em novembro aceleraram 15% em relação a igual período de 2019. A razão é idêntica à que provocou a disparada da venda de imóveis: o crédito farto e mais barato. De janeiro a outubro, R$ 122 bilhões foram liberados para a compra de veículos, quase o mesmo valor movimentado em 2019 e muito acima dos R$ 100 bilhões de 2018. O interessante é que 78% dos recursos acabaram sendo destinados para a aquisição de seminovos. O crédito é o principal fator, mas há outros. Segundo especialistas do setor, o surgimento de startups que fazem toda a operação, incluindo o raio x do veículo e a checagem de dados e procedência, tem tornado o processo mais ágil e seguro. As empresas, evidentemente, também deram a sua contribuição, como a garantia de até três anos para o automóvel recém-adquirido.


“Sem vacina, o que será do consumo?”

A disputa política e a falta de um plano nacional de vacinação incomodam empresários. “Será que os governos não perceberam que não haverá retomada plena enquanto as pessoas não se sentirem seguras para ir ao shopping, comer no restaurante favorito, frequentar o cinema?”, pergunta o presidente de uma gigante do setor de moda. “Minhas lojas estão vazias, e isso às vésperas do Natal. Estou preocupadíssimo com janeiro. Sem vacina e sem auxílio emergencial, o que será do consumo nesse país?”


Para comprar, brasileiros querem proteção contra o vírus

Uma pesquisa realizada pela consultoria KPMG explica por que os empresários estão preocupados com a falta de uma política nacional de vacinação contra o coronavírus. Segundo o estudo, que consultou 70 mil pessoas em países como Brasil, China e Estados Unidos, a segurança para evitar o contágio pela covid-19 é uma das prioridades dos clientes na hora da compra. Para 40% dos consumidores brasileiros, sentir-se protegido contra o vírus é tão relevante quanto o custo-benefício do produto.


"Realize seus próprios sonhos. Do contrário, você será
contratado para realizar os de outras pessoas”

Farrah Gray, empresário e palestrante motivacional americano


30%
foi quanto cresceram as vendas de máquinas agrícolas em novembro em relação ao mesmo mês de 2019, segundo a Anfavea. É o melhor desempenho desde 2017


Os recordes do mercado imobiliário

O mercado imobiliário tem quebrado seguidos recordes. Em setembro, as 13.438 unidades negociadas representam o maior número para um mês desde maio de 2014, segundo dados coletados pela Abrainc, a associação das incorporadoras. Isso é resultado, em essência, do crédito mais acessível. De janeiro a outubro, os R$ 92,6 bilhões financiados correspondem a um amento de 100% diante de igual período de 2019, conforme dados da Abecip, que reúne as entidades de crédito.


Rapidinhas

Os Cbios, como são chamados os créditos de descarbonização, estrearam na B3, a Bolsa de São Paulo, em junho, mas já são um sucesso: o número dos títulos gerados pelos produtores de biocombustíveis chegou à marca dos 13 milhões, o que representa quase a totalidade da meta prevista para todo o ano de 2020 –– que, obviamente, não acabou.

O Ministério de Minas e Energia divulgou o cronograma de leilões para a compra de energia de novas fontes (eólica, biomassa e proveniente de pequenas centrais hidrelétricas). Os leilões serão em junho e setembro de 2021 e abril e setembro de 2022. O Ministério cancelou os leilões de energia nova previstos para 2020.

As montadoras fecharam 640 vagas em novembro, apesar do reaquecimento do mercado. Segundo as empresas, a recuperação não tem sido suficiente para compensar as perdas provocadas pela crise do coronavírus. Curiosamente, alguns fabricantes fizeram contratações temporárias para atender ao aumento da demanda.

A Uber desistiu dos carros autônomos. Segundo reportagem do jornal britânico Financial Times, a empresa repassará a unidade de desenvolvimento da tecnologia à startup Aurora, que é financiada pela Amazon. Em 2018, o projeto de autônomos da Uber foi interrompido após um carro da empresa atropelar um pedestre.

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