A morte do banqueiro Joseph Safra, aos 82 anos, marca o fim de uma era no círculo das altas finanças. Joseph, mais conhecido, no Brasil, como José, era o último integrante de uma estirpe de grandes banqueiros, que prosperou nos últimos 60 anos no país, construindo seus bancos à sua imagem e semelhança. Dono de uma fortuna calculada em
US$ 23,2 bilhões, de acordo com a revista Forbes, Joseph Safra era o homem mais rico do Brasil e o 63º do mundo. Era considerado o banqueiro mais rico em atividade no planeta. Hoje, o conglomerado da família Safra inclui, além de bancos na Suíça, no Brasil e em Nova York, mais de 200 imóveis ao redor do mundo, entre eles o famoso Gherkin Building, em Londres. Joseph Safra tornou-se conhecido também por ações filantrópicas. Foi um dos maiores doadores dos hospitais Albert Einstein e Sírio Libanês, em São Paulo. À Pinacoteca do Estado, ele doou esculturas de Rodin; e ao Museu de Israel, em Jerusalém, o manuscrito original da Teoria da Relatividade de Albert Einstein. Durante a pandemia da covid-19, o banco doou cerca de R$ 40 milhões para hospitais e Santas Casas. Vítima do Mal de Parkinson, Joseph morreu de causas naturais, segundo o comunicado divulgado pelo banco e pela família. Embora vivesse em Genebra, com a mulher Vicky, desde 2014, ele estava em São Paulo, onde morreu. Joseph Safra foi sepultado no Cemitério Israelita do Butantã, na Zona Oeste da cidade.
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