O setor de serviços cresceu 1,7% na passagem de setembro para outubro, consolidando o quinto resultado positivo consecutivo e acumulando ganho de 15,8% neste período. O dado é referente à Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), porém o resultado ainda é insuficiente para compensar as perdas de 19,8% entre fevereiro e maio, geradas pela pandemia. O volume de serviços prestados se encontra 16,6% abaixo do recorde histórico, alcançado em novembro de 2014, e 6,1% inferior a fevereiro de 2020.
Na comparação com outubro de 2019, o setor desceu 7,4%, registrando a oitava taxa negativa seguida. No ano, a queda foi de 8,7%, enquanto nos últimos 12 meses o recuo chegou a 6,8% –– pior resultado negativo desde o início da série histórica, em dezembro de 2012.
Quatro das cinco atividades pesquisadas cresceram, com destaque para Informação e Comunicação (2,6%). Apenas o setor de Outros Serviços (-3,5%) registrou taxa negativa nessa comparação. “O setor (outros serviços) se encontra acima do patamar de fevereiro, antes dos efeitos da pandemia. Essa atividade vem sendo impulsionada, principalmente, pelo aumento das receitas das empresas que atuam nos segmentos de corretoras de títulos, valores mobiliários e mercadorias, além de administração de bolsas e mercados de balcão organizados”, comentou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
A parte de Transportes (1,5%) cresceu pelo sexto mês consecutivo, enquanto Serviços Prestados às Famílias (4,6%) atingiu a terceira alta seguida. Porém, no ano, acumulam retração de 8,5% e de 37,7%, respectivamente.
Recuperação gradual
O agregado especial de atividades turísticas cresceu 7,1% em outubro ante setembro. O resultado representa a sexta taxa positiva seguida, período em que acumulou um ganho de 102,6%. No entanto, ainda precisa avançar 54,7% para retornar ao patamar de fevereiro, no pré-pandemia.
Segundo o IBGE, as medidas adotadas contra a disseminação da pandemia de covid-19 atingiram de forma mais intensa e imediata boa parte das atividades do setor, principalmente o transporte aéreo de passageiros, restaurantes e hotéis.
Na passagem de setembro para outubro, houve melhora em todas as 12 unidades da Federação pesquisadas, com destaque para São Paulo (3,6%), Bahia (24,4%), Rio de Janeiro (6,1%), Minas Gerais (10,9%) e Rio Grande do Sul (19,7%). Em relação a outubro de 2019, o volume de atividades turísticas caiu 33,6%, oitava taxa negativa seguida, puxada pela queda na receita de empresas que atuam nos ramos de transporte aéreo, restaurantes, hotéis, serviços de bufê, transporte rodoviário coletivo de passageiros, agências de viagens e locação de automóveis.
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