Conjuntura

CNI projeta crescimento de 4,4% para o setor industrial em 2021

Confederação Nacional da Indústria estimou, também, aumento de 4% no PIB do setor. Segundo presidente da entidade, retomada dependerá de medidas econômicas e sanitárias

Jailson R. Sena*
postado em 16/12/2020 13:09 / atualizado em 16/12/2020 13:11
 (crédito: CNI/José Paulo Lacerda)
(crédito: CNI/José Paulo Lacerda)

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estimou crescimento de 4,4% para o setor e 4% para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2021. As estimativas constam no Informe Conjuntural divulgado nesta quarta-feira (16/12) pela entidade. 

“Essa projeção é otimista, mas bastante realista. Vamos continuar a crescer no ano que vem”, disse o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. Para isso, explicou, o crescimento dependerá de medidas econômicas como reformas tributárias e administrativas, além de medidas sanitárias.

"Tenho uma expectativa positiva. Acho que nós podemos voltar a crescer e discutir esses temas importantes, fundamentais para o ajuste fiscal, que dará mais segurança para todos nós. Nós vamos retomar no primeiro semestre de 2021", complementou.

Desemprego

Já a projeção da taxa de desemprego para o ano que vem, assim como o PIB, segue em alta. A CNI estima que o índice deverá ter aumento e ficar em 14,6% da força de trabalho, 0,7 ponto percentual maior que a taxa projetada para 2020, de 13,9%.

“Com o fim do auxílio emergencial, as pessoas vão retomar a busca por empregos. Como vai aumentar o número de pessoas buscando emprego, aumenta também a taxa de desocupação”, disse o presidente da confederação, que afirmou que é contra a prorrogação do auxílio emergencial, por ser necessário "criar condições, como já temos o Bolsa Família, para que isso não seja necessário".

Vacinação para trabalhadores mais jovens da indústria

Durante a coletiva de imprensa, Robson Andrade contou que a entidade avalia negociar com o Ministério da Saúde a aquisição de vacinas contra covid-19 para imunização de trabalhadores mais jovens do setor industrial.

"A maior preocupação que temos é com trabalhadores mais jovens, que talvez não tenham disponibilidade de vacina agora no primeiro trimestre. Nós estamos dispostos a negociar com o Ministério da Saúde a possibilidade, através do Sesi (Serviço Social da Indústria), de comprar vacinas para apoiar indústrias na vacinação dos seus trabalhadores", finalizou.

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro

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