Comércio exterior

Balança comercial tem superavit de US$1,1 bilhão na primeira semana do ano

Exportações aumentaram 47,4% em relação ao mesmo período do ano passado, considerando cinco dias úteis. Importações cresceram 1,8%

Israel Medeiros*
postado em 11/01/2021 17:30 / atualizado em 11/01/2021 17:32
 (crédito: AFP / CLEMENT MAHOUDEAU)
(crédito: AFP / CLEMENT MAHOUDEAU)

Na primeira semana de 2021, a balança comercial brasileira teve superavit de US$ 1,111 bilhão. As exportações somaram US$ 4,855 bilhões; já as importações foram de US$ 3,744 bilhões. O superavit se dá quando as exportações superam as importações. A diferença, na primeira semana de janeiro, foi de US$ 1,1 bilhão, cerca de 29%.

Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia e foram divulgados nesta segunda-feira (11). Em comparação com as exportações do mesmo período de janeiro de 2020, o resultado, de US$ 971,04 milhões, foi 47,4% maior que os US$ 658,84 milhões registrados na época.

O motivo, segundo o ME, foi o aumento nas vendas de produtos da indústria extrativa, que foi de 75,0%; na Agropecuária, que avançou 44,9%; e na indústria de transformação, com 36,8%. As vendas de produtos da indústria extrativa foram as maiores responsáveis pelo crescimento das exportações. O minério de ferro, por exemplo, teve alta de 86%.

Já óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos crus avançaram 42,0%; minérios de cobre e seus concentrados aumentaram em expressivos 315,1%. Também se destacaram outros minérios e concentrados dos metais de base, com alta de 189,2%; e outros minerais em bruto, com 66,0%.

Já na agropecuária, o destaque fio a venda de algodão bruto, com aumento de 120%. Também cresceu o comércio de café não torrado, com 93,5%; milho não moído, exceto milho doce, com 74,2%; trigo e centeio não moídos, 425,8% a mais; e especiarias, com 144,0%.

Na Indústria de Transformação, açúcares e melaços avançaram 94,5% na primeira semana do ano; farelos de soja e outros alimentos para animais, excluídos cereais não moídos, farinhas de carnes e outros animais aumentaram as vendas em 105,6%; o ouro não monetário, excluindo minérios de ouro e seus concentrados teve alta de 92,7%; ferro-gusa, spiegel, ferro esponja, grânulos e pó de ferro ou aço e ferroligas fecharam a semana com alta de 108,6%, e carne bovina fresca, refrigerada ou congelada subiu 43,5% em volume de vendas.

Nas importações, o resultado parcial do mês (US$ 748,88 milhões) ficou 1,8% acima da média do mesmo período do ano passado, quando o volume foi de US$ 735,37 milhões. A demanda por produtos vindos do exterior foi maior no setor agropecuário, que teve alta de 3,8%; e com produtos da indústria de transformação, com aumento de 1,7%. Já a demanda por produtos da indústria extrativa diminuiu 20,2%.

Os produtos que elevaram as importações na primeira semana de janeiro foram soja, com alta de 493,3%; milho não moído, exceto milho doce, cuja demanda aumentou 94,6%; arroz com casca, paddy ou em bruto, com crescimento de 579,7%; especiarias, com variação positiva de 103,9% e frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas, cuja compra aumentou em 8,0%.

Com relação aos produtos da indústria de transformação, o aumento das importações se deu, principalmente, pelo crescimento nas compras de cobre, que aumentaram 150,8%; válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores, com alta de 26,6%; adubos ou fertilizantes químicos, exceto fertilizantes brutos, com 26,6%; compostos de função nitrogênio, que subiu 89,0% e outros produtos diversos das indústrias químicas, que tiveram avanço de 90,8%.

*Estagiário sob a supervisão de Odail Figueiredo

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