A Caixa Econômica Federal registrou o maior lucro líquido da sua história em 2020, de acordo com o presidente da instituição, Pedro Guimarães. Ele fez o anúncio ontem, durante cerimônia comemorativa dos 160 anos do banco, mas não divulgou o resultado consolidado. Até agora, o maior lucro da Caixa foi registrado em 2019, com R$ 21,1 bilhões, 103,3% a mais do que em 2018.
“A Caixa tem mais de meio trilhão de reais em crédito imobiliário. Na hora mais complexa (da pandemia), batemos o recorde de crédito imobiliário. Foram R$ 116 bilhões. A consequência? A Caixa nunca ganhou tanto dinheiro com imobiliário, e conseguimos fazer uma operação que foi emblemática. Quase R$ 800 bilhões de crédito, e vamos ter a menor taxa de inadimplência dos 160 anos. Nunca emprestamos tanto, nunca tivemos tão pouca inadimplência, e o nosso lucro, de novo, vai ser recorde”, afirmou Guimarães.
Segundo o presidente da Caixa, os pagamentos de benefícios sociais feitos pela Caixa em 2020 também contribuíram para o bom desempenho do ano passado, como os 535,6 milhões de pagamentos do auxílio emergencial para 67,9 milhões de brasileiros e o crédito de R$ 36,5 bilhões do Saque Emergencial FGTS para 51,1 milhões de trabalhadores.
“Estamos falando de um banco com mais de 140 milhões de contas. Um banco que, no meio da pandemia, construiu 105 milhões de contas digitais. É o maior banco do hemisfério sul. Isso foi construído no meio da pandemia. Nenhum país, até onde saibamos, pagou tanto, tão rápido e com inclusão tão profunda quanto o Brasil”, ressaltou Guimarães, que também citou medidas de mudança na gestão, como a devolução de imóveis e a venda de ativos. "Vendemos R$ 56 bilhões em ativos e vamos fazer mais.”
Bolsonaro
Durante a solenidade, o presidente Jair Bolsonaro disse que reza para que governadores e prefeitos “não fechem tudo de novo” em meio à pandemia da covid-19, que já matou mais de 200 mil brasileiros. Segundo o mandatário, economia e saúde andam juntas.
“Devemos deixar a nossa economia fora da UTI, como outros países mantêm até hoje. Peço a Deus para que ilumine governadores e prefeitos para que não fechem tudo de novo. Essa não é a economia correta. Vida e economia andam de braços dados, não podemos falar de saúde sem emprego. Nós somos persistentes”, afirmou.
Bolsonaro ainda repetiu reclamações sobre o Supremo Tribunal Federal (STF), que conferiu a governadores e prefeitos o poder de decidir localmente sobre suas políticas de isolamento social e fechamento de comércios para conter a crise sanitária. O presidente não citou o Judiciário diretamente, mas reforçou que teve suas decisões "tolhidas e castradas".
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.