Ibovespa

Em dia de volatilidade, Bolsa registra a sexta queda consecutiva

O principal indicador das ações negociadas na B3 caiu 0,5%. O dólar teve alta de 1,51%. Surgimento de novas cepas do coronavírus e lentidão no processo de imunização no Brasil prejudicaram desempenho da Bolsa

Edis Henrique Peres*
Carinne Souza*
postado em 27/01/2021 20:01
 (crédito: MIGUEL SCHINCARIOL/AFP)
(crédito: MIGUEL SCHINCARIOL/AFP)

Ibovespa, principal indicador das ações negociadas na B3, voltou novamente a apresentar instabilidade nesta quarta-feira (27/01). O índice oscilou com altas e quedas ao longo do dia. Às 12 horas marcava 115.419 pontos. No início da tarde recuperou o fôlego e chegou a marcar mais de 117 mil pontos. Contudo, ao fim do dia, o Ibovespa fechou aos 115.882 pontos, um recuo de 0,5%.

Já o dólar comercial subiu 1,51%, a R$ 5,4056 na compra e R$ 5,4071 na venda. Mas não somente no Brasil o cenário foi marcado pela volatilidade. Os principais índices europeus terminaram a sessão em queda, assim como os índices de Nova York, e também das Américas. O Dow Jones, um dos principais indicadores da bolsa estadunidense, caiu 2,05% a 30.302 pontos.

O economista-chefe da Messem Investimento, Gustavo Bertotti, explica que a bolsa brasileira refletiu o cenário de insegurança internacional. “Temos uma situação de incerteza internacional devido às novas cepas do coronavírus e os casos de contaminações. Mesmo com o início da vacinação, temos medidas restritivas, e isso gera essa insegurança”.

O economista também cita os planos de vacinação do Brasil e o atraso no começo da imunização dos brasileiros. “A nossa organização em relação a vacina, o embate diplomático com a China, que pesou muito no mercado na semana passada, esses fatores colaboram com o cenário atual”.

Entretanto, além da pandemia, cenário econômico e doméstico se somam à incerteza do mercado. “Os Estados Unidos decidiram que vão manter os juros baixos, destacaram a ajuda necessária para incentivar a economia, e as medidas caminham para deixar a inflação caminhar mais um pouco. Isso significa que a recuperação americana será mais lenta que o esperado”, comenta Bertotti.

Ele menciona, ainda, a incerteza causada pela temporada de balanço das empresas. “Nesse período as empresas divulgam seus resultados alcançados no 4° trimestre de 2020. E, em grande parte, esses resultados não foram tão positivos, isso demonstra que a recuperação econômica ainda é lenta”, conclui.

* Estagiários sob a supervisão de Carlos Alexandre de Souza

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