Poupança

Estoque de depósitos na poupança cresce 21% em 2020

Caderneta obteve mais de R$ 166 bilhões de captação líquida ao longo de 2020. Mês de dezembro se destacou e teve o maior número de depósitos no ano passado

Os depósitos de recursos da caderneta de poupança do mês de dezembro de 2020 superaram em R$ 34 bilhões aqueles realizados em novembro do mesmo ano. Dezembro foi o mês que se destacou e teve o maior número de depósitos do ano. Ao todo foram depositados em aplicações mais de R$ 339.896 bilhões, com retirada de R$ 319.294 bilhões até o último dia de dezembro.

Os dados são do Banco Central do Brasil (BC) e foram divulgados nesta quinta-feira (7/1). Somada, a captação líquida da caderneta ao longo de 2020 foi de R$ 166.309 bilhões, um resultado superior ao alcançado em 2019, que teve captação de pouco mais de R$ 13 bilhões.

Com isso, o estoque dos depósitos aplicados na poupança subiram para R$ 801.437 bilhões em 2020, um crescimento de 21,88% referente ao estoque somado no fim de 2019.

Queridinha

A poupança ainda é um dos investimentos mais procurados pelo brasileiro. Segundo pesquisa realizada em 2020 pela casa de análises Capital Research, feita com 2,5 mil pessoas, cerca de 70% das pessoas possuem o desejo de investir; e 41% dos respondentes são atraídos justamente pelo investimento na poupança.

No entanto, apesar de a caderneta ser tão requisitada, os rendimentos oferecidos podem não ser tão altos. Depois de descontado os efeitos da inflação, o investidor pode, na verdade, perder dinheiro ao deixá-lo na poupança.

Todavia, existem as chamadas “velha” e “nova” poupanças. Isso acontece porque, antes de 2012, o rendimento anual da caderneta era de 6,5%, mas, a partir de então, o rendimento começou a ser 70% da taxa Selic (que agora está fixada em 2% ao ano). Ou seja, os investidores mais antigos conseguem obter, pela aplicação, um rendimento melhor, que os novos poupadores ao guardar as reservas na caderneta.

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro 

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