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Impeachment de Trump e covid levam Bolsa e dólar a fechar em queda

Ibovespa registra uma retração de 1,67%, enquanto a moeda americana encerra o dia cotado a R$ 5,31. Segundo especialista, instabilidade causada por turbulências políticas deve continuar até a posse de Joe Biden

O dólar encerrou a quarta-feira (13), em queda de 0,24%, sendo cotado a R$ 5,31. Já o Ibovespa, principal índice da B3, finalizou em queda de 1,67%, chegando a 121.933 pontos. O avanço da Covid-19 e o processo de impeachment nos Estados Unidos foram um dos destaques que repercutiram entre os investidores

No exterior, a preocupação ainda segue em torno do avanço da covid-19 e as medidas restritivas em vários países, principalmente na Europa. Por lá, existe uma urgência em acelerar o processo de vacinação que já se iniciou. Já na Alemanha e Holanda, lockdowns foram estendidos.

O mercado monitorou também o processo de votação dos congressistas dos Estados Unidos nesta quarta (13), sobre o segundo processo de impeachment contra o presidente Donald Trump.

"Não faz sentido"

O economista Marcel Bernardo, consultor da Investmais Consultoria, não vê sentido no processo porque o governo Trump está próximo de encerrar. “O Biden vai assumir muito em breve e o processo se dará ainda este mês, portanto não faz sentido propor impeachment para um presidente que tem poucos dias de mandato”, argumenta.

Para o economista, a votação acaba aumentando a instabilidade no mercado financeiro. Esse cenário só  mudará quando o presidente eleito, Joe Biden, assumir o cargo. “A movimentação na bolsa e cotação do dólar segue o padrão que se observa politicamente. Tudo leva a crer que haverá instabilidade ainda nos próximos dias. O cenário só se tornará mais estável quando Biden ocupar de fato a presidência” finaliza.

No Brasil, as atenções estão na disputa para as presidências do Senado e Câmara dos Deputados. O MDB definiu que Simone Tebet enfrentará Rodrigo Pacheco (DEM) na disputa pelo Senado.

Já na agenda de indicadores, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o volume de serviços prestados no Brasil cresceu 2,6% em novembro, na comparação com outubro. O setor cravou a sexta alta seguida, mas ainda não conseguiu retomar o patamar pré-pandemia.

*Estagiários sob supervisão de Carlos Alexandre de Souza