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~O agronegócio brasileiro se torna um mercado cada vez promissor para a Embraer, que aprimora a produção do Ipanema, aeronave especializada em agricultura de precisão~

Carlos Alexandre de Souza
postado em 07/02/2021 23:12 / atualizado em 07/02/2021 23:12
 (crédito: Reprodução/Embraer)
(crédito: Reprodução/Embraer)

Vendas do Ipanema em céu de brigadeiro
O agronegócio brasileiro, um dos motores da retomada econômica em tempos da covid-19, está dando frutos em outros setores que integram a cadeia produtiva. A divisão de aviação agrícola da Embraer encerrou o mês de janeiro com a venda de oito aviões EMB-203 Ipanema — o equivalente a um terço do total negociado durante todo o ano de 2020. O bom resultado foi impulsionado pelo desempenho notável do agronegócio, bem como as inovações tecnológicas incorporadas na nova versão da aeronave. Com mais de 1.500 unidades vendidas, o Ipanema lidera o segmento agrícola com 60% de participação no mercado nacional. Segundo a Embraer, a alta tecnologia, a durabilidade e o baixo custo operacional são características relevantes da aeronave. O primeiro voo do Ipanema, um projeto aeronáutico inteiramente nacional, ocorreu em 1970. Para comemorar a data, o modelo Ipanema 203, o mais novo da série, sairá de fábrica com as cores da bandeira nacional.

De cara nova
A entrada da Mobly na B3, com uma movimentação de R$ 821 milhões em seu IPO na última sexta-feira (foto), mostra como o mercado de capitais ganha cada vez mais diversidade. Especializada no comércio eletrônico de móveis, a companhia é a 169ª empresa a integrar o Novo Mercado, segmento da B3 que vem dando uma nova feição na Bolsa de Valores. “Se antes a bolsa brasileira era conhecida pela concentração em setores mais ‘tradicionais’, agora essa realidade está mudando. Em 2020, vimos chegar companhias de diversos setores novos para a B3, como a Mobly. Com o IPO, a Mobly amplia a oferta de varejistas com foco no e-commerce que estão chegando ao mercado de capitais”, destacou Gilson Finkelsztain, presidente da B3.

Só alegria
Para os executivos da Mobly, a estreia não poderia ser melhor. “Tomamos um grande passo para o fortalecimento do nosso negócio”, comemorou Marcelo Marques, Diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Mobly.

Reforma digital
A digitalização na contratação de serviços tornou-se forte tendência em tempos de pandemia. Levantamento do GetNinjas, maior aplicativo de modalidade na América Latina, registrou um aumento de 63% de procura ao longo de 2020 na comparação com o período anterior. Mais de 4 milhões de pedidos foram realizados no ano passado. Em uma conjuntura de home office e isolamento social, os serviços mais procurados são relacionados a reforma e reparos (pedreiro, eletricista, montador de móveis, etc.) e a assistência técnica (eletrodomésticos e eletrônicos). “Com o distanciamento social, as pessoas passaram a ver mais vantagens em buscar serviços digitalmente. Além de prático, o consumidor pode negociar o preço com até quatro profissionais diferentes e ter acesso a avaliações de clientes anteriores”, avalia Eduardo L'Hotellier, fundador e CEO do GetNinja.

Imóveis em rede
A revolução digital também impulsiona o mercado imobiliário. Segundo informações do Painel do Mercado Imobiliário, o volume de negócios com venda e aluguel de imóveis usados registrou um aumento de 52% em comparação com 2019. Por meio de uma base de dados que reúne 7,2 mil imobiliárias e 44 mil corretores, o PMI, projeto desenvolvido pela Kenlo, se transformou em uma oportunidade de negócio para profissionais do mercado e proprietário de imóveis. “A transformação digital das imobiliárias parceiras promovidas pela Kenlo, transformando-as em plataformas digitais completas de serviços imobiliários e oferta de novos serviços, como o home equity, deve manter o mercado secundário de imóveis muito aquecido em 2021”, afirma Mickaël Malka, CEO da Kenlo.

Liberdade para investir

Fundador
da plataforma digital Empreender Dinheiro, especializada em Educação para Investidores, Arthur Lemos (foto) lançou o Segredos Financeiros, o primeiro clube de investimentos educacional do Brasil. A iniciativa busca oferecer mais autonomia e segurança a investidores individuais, cada vez mais presentes no mercado financeiro. Na avaliação do especialista, não basta apenas observar taxa de juros e volatilidade da Bolsa para se lançar nesta seara. Lemos defende uma carteira de investimentos diversificada e independência em relação a casas de research, assessores de investimentos, influenciadores digitais ou gerentes de banco. Para desenvolver essa competência, os participantes do clube de investimentos têm acesso a softwares específicos.

Firme e seguro
Arthur Farme d'Amoed Neto é o novo CFO da Austral Participações S.A., holding do Grupo Austral. Após acumular experiência em governança de inovação, o executivo se dedicará à área financeira no mercado segurador. “A indústria de seguros demonstrou resiliência ao atravessar sem grandes perdas uma crise da magnitude como a causada pela pandemia global. Em muitos aspectos, essa ainda é uma atividade subexplorada no Brasil, e a Austral está bem posicionada para aproveitar a retomada da economia”, acredita d'Amoed Neto.

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