Vulneráveis

Bolsonaro sobre auxílio emergencial: "O brasileiro quer é trabalho"

"Ninguém quer o país quebrado", afirmou o presidente em Alcântara (MA), ao comentar o trabalho da equipe econômica e de parlamentares para renovar a ajuda financeira à população vulnerável

Ingrid Soares
postado em 11/02/2021 12:48 / atualizado em 11/02/2021 12:49

O presidente Jair Bolsonaro participou na manhã desta quinta-feira (11/02) da entrega de títulos de propriedade rural no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão. Em meio ao discurso, o chefe do Executivo afirmou que a equipe econômica estuda a continuidade do auxílio emergencial, mas destacou que a medida não pode ser eterna e que representa maior endividamento ao país. Ele emendou que 'o povo quer, na verdade, é trabalho'.

“No momento, a nossa equipe juntamente com parlamentares, estudamos a extensão por mais alguns meses do auxílio emergencial que, repito, o nome é emergencial. Não pode ser eterno porque isso representa um endividamento muito grande do nosso país. E ninguém quer o país quebrado. E nós sabemos que o povo brasileiro quer, na verdade, é trabalho. E juntamente com essa bancada, juntamente com a equipe econômica, cada vez mais nós facilitarmos a vida de quem trabalhar, bem como quem quer empregar”, apontou.

Bolsonaro também falou das ações do governo no estado nordestino. Apesar de citar que a região foi a que menos votou nele nas eleições em 2018, o presidente alegou que o governo “não olha no mapa” a quantidade de votos para distribuição de recursos.

“Ano passado, prezados moradores de Alcântara, o governo federal dispensou R$ 18 bilhões para o estado do Maranhão. A gente não olha no mapa para saber se eu fui ou não bem votado no estado. Aqui, eu fui o último estado no tocante à votação, levando-se em conta a proporcionalidade. Mas aqui, todos nós, votando ou não em mim, somos iguais. Somos brasileiros, temos necessidade e queremos evoluir cada vez mais”, completou.

Leitos de UTI

O mandatário observou também que, do total de R$ 18 bilhões, o montante de R$ 1,3 milhão foi destinado à saúde e que, por conta disso, não haveria motivos para reclamações sobre falta de leitos na UTI local.

“R$ 190 milhões exclusivamente para leitos de UTI. Não justifica, senador Roberto Rocha, qualquer reclamação de não haver leitos de UTI para atender os nossos irmãos maranhenses, acaso acometidos da covid-19”, avaliou.

Bolsonaro reforçou que parte considerável dos maranhenses recebeu auxílio emergencial e que o governo entendeu a necessidade de ajuda.

"Com toda certeza, uma parte considerável dos senhores cidadãos recebeu auxílio emergencial. Nas mãos dos senhores, diretamente foram R$ 13 bilhões. Isso porque nós entendemos, juntamente com o parlamento, que havia a necessidade de socorrê-los, porque junto com a pandemia houve muito fechamento de postos de trabalho, e vocês necessitavam de algo para ajudar na sobrevivência".

MST

O presidente destacou ainda que, desde que foi eleito, as invasões de terra realizadas pelo MST quase não ocorrem mais. "Estou há dois anos e um mês no governo. Acabaram as noticias de invasões do MST. Alguém tem notícias de invasão do MST, tão comum em anos anteriores? As raras que tiveram, menos de 10, em poucos dias ou horas deixaram de existir. E como é que nós combatemos a invasão de terra? De modo específico, no dia de hoje, concedendo o título de propriedade àqueles que têm posse".

Por fim, Bolsonaro disse que alcançou uma 'marca histórica' ao entregar mais títulos de terra em dois anos do que governos anteriores.

"Em dois anos de governo, nós entregamos mais titulo que 20 anos de governos anteriores. É uma marca histórica, parece que não havia interesse em dar o título. Porque o homem sem título, apenas com a posse, é um homem numa situação de quase escravidão, e cada vez que a gente entrega um titulo, isso deixa de existir", concluiu.

 

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