O lucro líquido ajustado do Banco do Brasil (BB) caiu 22,2% no ano passado, a R$ 13,88 bilhões. O resultado, de acordo com o banco, reflete o aumento de provisões decorrente da pandemia de covid-19. Para se proteger dos riscos de crédito e inadimplência trazidos pela pandemia, o BB antecipou R$ 8,1 bilhões de provisões e elevou de R$ 14,19 bilhões para R$ 22,11 bilhões o volume anual desse item entre 2019 e 2020 — um aumento de 47,6%, que pressionou os resultados do banco no ano passado.
A geração de receitas, no entanto, também pode ter contribuído nesse sentido. É que, diante da crise econômica da covid-19 e da redução da taxa de juros, as receitas com prestação de serviços do banco caíram 1,7% no ano passado. As despesas, que estão na mira do plano de reestruturação lançado no início deste ano, por sua vez, não cresceram em 2020 e fecharam o ano na estabilidade.
O BB destacou, por outro lado, que “a geração de negócios permaneceu sólida”, mesmo diante da pandemia de covid-19. Por isso, outros indicadores do banco apresentaram resultado positivo em 2020. Houve alta, por exemplo, das receitas com seguros, previdência e capitalização (4,8%), consórcios (14,5%) e administração de fundos (7,2%). A carteira de crédito ampliada também teve saldo positivo, crescendo 9% no ano, para R$ 742 bilhões.
Por conta disso, a margem financeira bruta do banco cresceu 5,1%, a R$ 56,72 bilhões, e o resultado estrutural, que não considera as provisões, aumentou 5,9% em 2020, a R$ 42,4 bilhões. Já o Retorno sobre o Patrimônio Líquido (RSPL), ou ROE, teve uma leve melhora, de 12% em 2019 para 12,1% em 2020.
Com esse desempenho, o banco ainda registrou um lucro líquido ajustado de R$ 3,7 bilhões no quarto trimestre. O resultado revela um tombo de 20,1% em relação ao mesmo período do ano passado, mas aponta para um crescimento de 6,1% em relação ao do trimestre anterior.
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