Delegação

Missão do 5G chega ao fim após visitas aos países que dominam a tecnologia

Comitiva brasileira chefiada pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria, assistiu a demonstrações de uso do 5G e até da tecnologia 6G, ainda em desenvolvimento

Simone Kafruni
postado em 12/02/2021 21:11 / atualizado em 12/02/2021 21:18
 (crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
(crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A missão para conhecer as tecnologias 5G nos países sedes de fornecedores globais Suécia, Finlândia, Japão e China chegou ao fim. Chefiada pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria, a comitiva conheceu também a tecnologia 6G, ainda em desenvolvimento. Nesta sexta-feira (12/2), o ministério soltou um comunicado informando que o ministro defende o posicionamento do governo em favor da exigência de redes standalone, sem uso de redes de outras tecnologias como a 4G. Para Faria, este seria “o 5G de verdade”.

Conforme a pasta, as visitas às principais fabricantes de tecnologias que utilizam o 5G tiveram o objetivo de colher as melhores experiências da nova geração de conectividade, que promete revolucionar as telecomunicações e a maneira como as pessoas se relacionam com a infinidade de dispositivos que estão por vir. O Brasil se prepara para implementar o 5G este ano e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deve retomar a aprovação do edital para o leilão de frequências ainda em fevereiro.

“A nossa ideia é realmente implementar o 5G standalone, que é o 5G de verdade, para que a gente possa acolher toda a tecnologia que pode nos dar para desenvolver o nosso país. O 5G non-standalone é como se fosse um 4G plus. Essa nova ferramenta vai trazer novas empresas, novas tecnologias, novas profissões e vai ajudar muito as empresas a fornecer a internet das coisas”, disse o ministro.

Também participaram da missão internacional os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas, Vital do Rêgo e Walton Alencar, assim como o secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Flávio Rocha. “É uma viagem para que a nossa delegação possa conhecer a tecnologia 5G. O TCU vai avaliar e fiscalizar todo o processo e está aqui tirando as dúvidas com o intuito de acelerar o tempo que o processo vai ficar em análise”, explicou Faria.

Após ser aprovado pelo Conselho Diretor da Anatel, o edital do 5G será remetido à apreciação do TCU, que tem até 150 dias para analisá-lo. Mas, a previsão é que o prazo seja reduzido em até 60 dias. Alguns dos pontos que devem ser contemplados pelo edital do leilão já foram definidos em portaria publicada pelo MCom, como a criação de uma rede privativa para a Administração Pública Federal.

A rede privativa também será oferecida aos outros Poderes, bem como a expansão de internet nas rodovias federais, a implantação de estrutura de fibra ótica no âmbito do programa Norte Conectado, além de levar internet 4G a localidades com mais de 600 habitantes.

Impulso

O 5G standalone (5GSA) tem capacidade de impulsionar novas tecnologias e aplicações, além de fornecer a Internet das Coisas. Isso por conta das exigências do Release 16 e de conceitos de baixa latência e alta confiabilidade e capacidade ampliada de banda larga na aplicação de redes na faixa de 3,5 GHz. As principais operadoras divergem sobre a exigência.

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