momento histórico

Nigeriana é a 1ª mulher a comandar a OMC

Correio Braziliense
postado em 15/02/2021 22:05
 (crédito: Fabrice Coffrini/AFP)
(crédito: Fabrice Coffrini/AFP)

A nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala se tornou, ontem, a primeira mulher e a primeira africana a chefiar a Organização Mundial do Comércio (OMC), uma instituição quase paralisada. Aos 66 anos, ela entra para o restrito círculo de mulheres em altos cargos institucionais no mundo. É “um momento histórico”, resumiu a OMC, após sua nomeação.

“É motivador e intimidador porque assumo as rédeas da OMC em um momento de grandes incertezas e desafios”, declarou Okonjo-Iweala, que assumirá em março por um mandato de quatro anos, renovável.

Okonjo-Iweala assumirá o cargo em 1º de março e seu mandato, renovável, expirará em 31 de agosto de 2025. “Uma OMC forte é essencial se quisermos nos recuperar plena e rapidamente da devastação causada pela pandemia de covid-19”, declarou a nigeriana, após sua nomeação. “Nossa organização enfrentará inúmeros desafios, mas trabalhando juntos, coletivamente, podemos tornar a OMC mais forte, mais ágil e melhor adaptada às realidades atuais”, acrescentou.

Entre sua longa lista de tarefas, ela garantiu que suas três principais prioridades nos próximos 100 dias serão: a resposta à pandemia, subsídios à pesca e o órgão de solução de controvérsias (o tribunal da OMC) que foi atingido pelo governo do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A nomeação de Okonjo-Iweala foi elogiada por outras mulheres, também à frente de poderosas instituições. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que foi “um momento histórico para todo o mundo”. Ela prometeu todo o apoio à nova diretora da instituição.

“Parabéns à minha amiga Ngozi Okonjo-Iweala, que se tornou a primeira mulher diretora-geral da OMC”, escreveu Christine Lagarde no Twitter, primeira presidente do Banco Central Europeu e ex-chefe do FMI, elogiando “sua forte vontade e determinação (que) a levará a promover incansavelmente o livre comércio em benefício das populações mundiais”.

Duas vezes ministra das Finanças e chefe da pasta de Relações Exteriores da Nigéria por dois meses, Okonjo-Iweala começou sua carreira no Banco Mundial em 1982, onde trabalhou por 25 anos. Em 2012, não conseguiu se tornar presidente desta instituição financeira e o cargo coube ao americano-coreano Jim Yong Kim.


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