PETROBRAS

Bolsonaro ataca aumento de combustível e promete mudanças na Petrobras

A partir desta sexta-feira, o valor médio do litro da gasolina será de R$ 2,48, alta de 10,2%, após reajuste de R$ 0,23. Preço médio do diesel será de R$ 2,58, depois de subir R$ 0,34 o litro – elevação de 15%.

Ingrid Soares
postado em 18/02/2021 21:10 / atualizado em 18/02/2021 21:11

O presidente Jair Bolsonaro criticou, na noite desta quinta-feira (18/02), durante transmissão de live semanal, o reajuste do preços dos combustíveis, anunciado mais cedo pela Petrobras. A partir desta sexta-feira (19), o valor médio do litro da gasolina será de R$ 2,48, alta de 10,2%, após reajuste de R$ 0,23. O preço médio do diesel será de R$ 2,58, depois de aumento de R$ 0,34 por litro – uma elevação de 15%.

“Teve um aumento, no meu entender, e vou criticar, um aumento fora da curva da Petrobras. Dez por cento hoje na gasolina e 15% no diesel. É o quarto reajuste no ano. A bronca sempre vem para cima de mim, só que a Petrobras tem autonomia”, justificou.

“Não tem quem não ficou chateado com o reajuste, hoje, de 10% na gasolina e de 15% no diesel. É o quarto reajuste no mês. A Petrobras tem essa garantia, não é? Essa liberdade, autonomia, para reajustar os combustíveis, levando em conta o preço do barril do petróleo lá fora e o preço do dólar aqui dentro. E outros fatores pesam negativamente no preço do combustível”, completou.

Ele ainda disse que, apesar de não interferir na estatal, “alguma coisa vai acontecer lá nos próximos dias”. No entanto, o presidente não deixou claro se a mudança envolve a troca do comandante da estatal, Roberto Castello Branco.

“O que é que foi decidido hoje? A partir de 1º de março, também não haverá qualquer imposto federal no diesel por dois meses. Então, por dois meses, não haverá qualquer imposto federal em cima do diesel. Por que por dois meses? Porque, nesses dois meses, nós vamos estudar uma maneira definitiva de buscar zerar esse imposto no diesel. Até para ajudar a contrabalancear esse aumento, no meu entender, excessivo da Petrobras. Mas eu não posso interferir, nem iria interferir na Petrobras. Se bem que alguma coisa vai acontecer na Petrobras nos próximos dias. Você tem que mudar alguma coisa, vai acontecer", prometeu.

Ele também disse que Castello Branco afirmou que "não tem nada a ver com caminhoneiros" e que a fala dele "terá consequência".

"Nós acusamos responsabilidade de todo mundo. Pessoal, ninguém dá bola para nada. Você vai na Receita: 'Você, da Receita, não fiscaliza por que?' O cara não tem resposta. Eu não posso chamar a atenção da Agência Nacional de Petróleo porque é independente, mas tem atribuição também. Não faz nada. Você vai em cima da Petrobras e ela fala: 'Opa, não é obrigação minha'. Ou, como disse o presidente da Petrobras, a questão de poucos dias, não é?, 'eu não tenho nada a ver com caminhoneiro, eu aumento o preço aqui não tenho nada a ver com caminhoneiro'. Foi o que ele falou, o presidente da Petrobras. Isso vai ter uma consequência, obviamente. Não tenho nada a ver com isso", concluiu.

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